O candidato Charliton Machado, apoiado pelo prefeito de João Pessoa para
a presidência estadual do PT, virou o alvo preferencial de seus adversários,
Luiz Couto e Lenildo Morais no debate promovido hoje de manhã pelo programa
Tambaú Debate da Nova Tambaú FM. Couto e Lenildo evitaram o confronto mútuo e
concentraram as baterias no enfrentamento com Charliton. A eleição para a
escolha dos dirigentes municipal, estadual e nacional do PT acontece no
domingo, 10 de novembro em todo o país. Ao serem questionados sobre uma
declaração recente do presidente do PMDB da Paraíba, José Maranhão, cobrando
que a executiva nacional peemedebista exija reciprocidade do PT nas eleições
estaduais de 2014, os candidatos se dividiram. Luiz Couto afirmou que a
cobrança do PMDB era uma "chantagem" e que o partido não poderia se
dobrar à vontade de outra sigla, especialmente uma que ameaça a governabilidade
da presidente Dilma Rousseff, como na polêmica atual sobre as regras de
nomeação para o Banco Central. Já Lenildo Morais considerou "natural"
o posicionamento do PMDB. Segundo ele, é normal que um partido use as
estratégias que achar adequadas para atrair o apoio de outro. Mesmo assim,
disse que cabe ao PT resistir e lançar candidatura própria ao Governo do
Estado. Charliton adotou um tom parecido ao de Luiz Couto e rechaçou o pedido
de Maranhão, ressaltando que defende uma postura de protagonismo do PT. Na
rodada de perguntas entre os candidatos, Charliton quis saber se Luiz Couto
retiraria o apoio ao governador Ricardo Coutinho e ouviu do colega a seguinte
resposta: "Quando eu for eleito presidente do PT vai realizar plenárias e
reunirei a militância para que ela diga que postura quer que o partido adote em
2014. Não sei porque Charlinho fala tanto em Ricardo Coutinho. Parece que ele
tem um amor recolhido pelo governador. Eu, ao contrário, defendo
prioritariamente a reeleição da companheira Dilma Rousseff para presdiente da
República". Na indagação feita a Lenildo Morais, Charliton lembrou a
candidatura do petista a prefeito de Patos em 2012 e um slogan adotado por ele
no início da campanha que dizia ser a postulação "prego batido e ponta
virada", ou imutável. Depois, Lenildo acabou se aliando a Francisca Motta,
do PMDB, e figurando como vice na chapa. Charliton questionou se as opiniões do
colega poderiam ser confiáveis depois disso. "Eu era candidato, mas atendi
a um apelo do partido para firmar uma composição. Acho que Charliton tem uma
paixão imensa pelo PSDB porque se eu não tivesse sido um instrumento do PT para
viabilizar a eleição de nosso grupo no ano passado, seria um tucano a
administrar o município de Patos agora. Em nome do partido, eu recueei",
declarou Lenildo, que ainda acusou o professor de ter estado ausente dos
eventos petistas por seis anos: "Charliton ficou de lundun por seis anos e
sumiu da vida do PT. Voltou agora”. "Talvez o companheiro não tenha se
informado sobre minha atuação no partido porque mora lá em Patos e não
acompanha de perto a rotina partidária aqui em João Pessoa. Eu estive lutando
pela eleição do companheiro Luciano Cartaxo em João Pessoa, onde nenhum dos
meus adversários esteve quando o PT precisava de ajuda para efetivar o
protagonismo no pleito", retrucou Charliton.
Fonte: http://www.parlamentopb.com.br
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