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Ceop Picuí-PB
Começa na próxima terça-feira, dia 19, e
segue até a sexta-feira, dia 22 de novembro, no sítio Lutador, em Queimadas, o I
Curso de Capacitação de Pedreiras para Mulheres Agricultoras do Polo da
Borborema. A atividade será promovida pelo Polo da Borborema em parceria com
a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e terá a participação de 25
agricultoras dos municípios de Solânea, Massaranduba, Queimadas, Alagoa Nova,
Esperança, Casserengue, Montadas, Remígio e Esperança. O curso prático será
focado na construção de cisternas de placas de 16 mil litros para abastecimento
humano, implementações que têm sido construídas em grande quantidade na região
semiárida pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) . Ainda que a prática
seja para construção de cisternas, segundo Ivanilson Estevão da Silva, assessor
técnico da AS-PTA, a ideia é também capacitar as mulheres para outros pequenos
serviços: “no processo de irradiação do P1MC e também do P1+2, que viabiliza a
água para produção, as mulheres descobriram que também podiam trabalhar na
construção das implementações e, motivadas por outras mulheres pedreiras,
surgiu a ideia do curso, que vai servir até para elas descobrirem uma nova
profissão ou fazer pequenos reparos, reformas nas suas próprias casas”. Ainda
segundo Ivanilson, o primeiro dia consistirá de uma parte teórica, onde será
feita uma contextualização das organizações que atuam no território e sobre a
importância de programas como o P1MC e o P1+2 para a vida das famílias, para a
geração de renda e autonomia das mulheres. Em seguida haverá a parte prática,
quando serão construídas duas cisternas de 16 mil litros no sítio Lutador em
Queimadas e as participantes poderão acompanhar e fazer passo a passo da
construção. As instrutoras do curso serão duas mulheres pedreiras com larga
experiência na construção de cisternas. Uma delas é Maria Verônica dos Santos,
de 39 anos, que vive no sítio Cachoeirinha, município de Barra de Santa Rosa.
Ela conta que aprendeu a construir cisternas em outro curso de capacitação,
junto com outros homens em 2008, e desde 2009 constrói cisternas de 16 e de 52
mil litros conciliando com o trabalho na agricultura. Verônica já facilitou
outros dois cursos de capacitação no município de Bananeiras e conta que não é
fácil enfrentar o preconceito por parte dos homens. “Uns dizem, ‘não tá vendo
que uma mulher vai saber fazer isso?’, mas eu não sou muito de conversar, não,
vou lá e mostro o meu trabalho e assim eles vêem que eu sou mesmo capaz de
fazer”, diz. Perguntada sobre o que tem a dizer para outras mulheres que querem
aprender o ofício, ela responde: “É muito difícil, é um serviço pesado, mas eu
gosto muito do que faço e se elas tiverem força de vontade podem aprender a
faze muito bem”. O curso conta com o apoio da Comissão de Saúde e Alimentação
do Pólo da Borborema, que reúne mulheres agricultoras e promove atividade de
formação para a promoção da melhoria das condições de vida e de saúde das
famílias agricultoras, por meio da geração renda e autonomia das mulheres. AS-PTA Agricultura
Familiar e Agroecologia Br 104 Km 06 - Distrito São Miguel Esperança – Paraíba
Fonte: www.aspta.org.br

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