Na primeira mensagem de paz de seu
pontificado, Francisco afirma que estes são sintomas de uma economia baseada na
ganância e desigualdade; o pontífice pediu ainda à própria igreja católica que
seja mais justa, frugal e menos pomposa, e que esteja mais perto dos pobres e
sofredores; Por Philip Pullella; CIDADE DO VATICANO, 12 Dez
(Reuters) - O papa Francisco criticou nesta
quinta-feira os mega salários e grandes bônus, dizendo na primeira mensagem de
paz de seu pontificado que são sintomas de uma economia baseada na ganância e
desigualdade. Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica,
celebrado pela Igreja em todo o mundo em 1º de janeiro, o papa também pediu uma
maior divisão de riquezas entre as pessoas e as nações para reduzir as
diferenças entre ricos e pobres. "As graves crises financeiras e
econômicas da atualidade... levaram o homem a buscar a satisfação, felicidade e
segurança no consumo e nos ganhos fora de qualquer proporção com os princípios
de uma economia sólida", disse o pontífice. "A sucessão de crises
econômicas deve levar também a repensarmos os nossos modelos de desenvolvimento
econômico e a uma mudança no estilo de vida", acrescentou. Francisco, que
foi nomeado na quarta-feira pela revista Time a Personalidade do Ano, pediu à
própria Igreja que seja mais justa, frugal e menos pomposa, e que esteja mais
perto dos pobres e sofredores. A mensagem será enviada aos líderes dos países,
organizações internacionais, como a ONU, e ONGs. Intitulada "Fraternidade,
a Fundação e Caminho para a Paz", a mensagem também atacou a injustiça, o
tráfico de seres humanos, o crime organizado e o tráfico de armas, todos
apontados como obstáculos para a paz. O estilo do novo papa é caracterizado
pela humildade. Ele abriu mão do espaço apartamento papal no Palácio Apostólico
do Vaticano a decidiu viver em uma pequena suíte em uma casa de hóspedes do
Vaticano. Francisco também prefere andar num Ford Focus em vez da tradicional
Mercedes utilizada pelos papas. Um defensor dos oprimidos, ele visitou a ilha
de Lampedusa, no sul da Itália, em julho, para prestar homenagem a centenas de
imigrantes que morreram cruzando o mar do norte da África para a Europa. (Reportagem
de Philip Pullella)
Fonte: http://www.brasil247.com/
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