quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ricardo deu o troco a Cássio




Passei batido. Somente ontem ouvi Ricardo Coutinho rebatendo Cássio Cunha Lima. No rádio. No domingo, o senador fez duras críticas à insegurança e a violência que abalam Campina. Na segunda, em seu palanque radiofônico semanal, o governador tentou mais uma vez derrubar a realidade a golpes de estatística. Citou números que indicam redução na taxa de homicídios. Homicídios que, digo sempre, aconteceriam de qualquer modo, infelizmente. Com, sem ou apesar do governo que temos. Porque a maioria dos assassinatos (cerca de 75%) é cometida por cidadãos comuns e não pelos bandidos que uma política de segurança pública eficaz, se houvesse, poderia combater, evitando que matassem para roubar, por vingança ou encomenda. Com policiamento ostensivo e preventivo digno do nome, a criminalidade real, que se expressa, sobretudo nos ataques cotidianos às pessoas e ao seu patrimônio, poderia, sim, ser reduzida de verdade. Mas verdade não é bem a praia. Quem poderá nos salvar? Além do Chapolin Colorado, a preço de hoje talvez Cássio Cunha Lima, justamente o homem que levou Ricardo Coutinho ao trono em 2010 e de uns tempos pra cá, como diria o poeta Chico César, vez por outra dá sinais de arrependimento. Mais do que se mostrar arrependido, o senador tucano começa a exercitar com mais freqüência um discurso de oposição ao governo do qual foi o grande eleitor. Tiro pelo que li e ouvi da entrevista que ele concedeu no final de semana ao programa Jornal de Verdade, comandado na Rádio Cidade Esperança pelo inexcedível Juarez Amaral. Mais um desprestigiado? Quem pensa que Cássio Cunha Lima é sócio do atual governo ou se sente como tal deve estar enganado, a julgar por suas queixas recentes, ouvidas atentamente no domingo pelo público campinense, em especial a audiência do Jornal de Verdade. “Meus pleitos nem sempre são atendidos. Não tenho tanto prestigio assim. Ricardo foi uma única vez no meu gabinete em Brasília. Já passamos um mês ou dois sem contato”, lamentou o senador na entrevista, na qual revelou, talvez para provar seu desprestígio, que sugeriu um reforço de 200 homens no policiamento de Campina Grande, mas para lá Ricardo só teria autorizado 18 novos PMs (Rubens Nóbrega)

Fonte: http://www.jornaldaparaiba.com.br

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