A formação de uma frente nacional de luta
contra todo tipo de tráfico de pessoas será proposta pela Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB).
A formação de
uma frente nacional de luta contra todo tipo de tráfico de pessoas será
proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a partir de
fevereiro próximo, durante a Campanha da Fraternidade, realizada por
ocasião da Semana Santa. O tema da campanha será "Fraternidade e Tráfico
Humano". O papa Francisco enviará uma mensagem especial de apoio à campanha. Segundo fontes da CNBB, as Igrejas que integram o Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) dispõem de dados que indicam a
continuidade de várias modalidades de tráfico de pessoas no país, envolvendo
crianças e adolescentes, trabalhadores rurais e urbanos. Nesse contexto, a
campanha denunciará "a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e
estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs
traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que
sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora
vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente".
A CNBB destaca. Que "essa situação rompe com o projeto de vida na
liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à
imagem e semelhança de Deus" e que as violações do tráfico humano
"ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a
sociedade.” Um dos documentos preparatórios da Campanha afirma que "As correntes
rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por
esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa
esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as
situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que
Cristo nos libertou”, especialmente os que sofrem com injustiças, como os
presentes nas modalidades do tráfico humano". . POBRES. Com base no seu
contato direto e permanente com a população, a Igreja Católics conclui que a
maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande
vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que
facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas
mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são
explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.
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