Passado o carnaval, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva botará o bloco na rua para desatar os nós das alianças estaduais. O
cacique atende a um pedido dos próprios aliados, que não reconheciam a
autoridade de Falcão para conduzir as negociações. “Ele pode ter a melhor das
intenções, mas é deputado estadual pelo PT, não tem uma visão de país
suficientemente abrangente para desvendar as realidades regionais”, disse uma
importante liderança de um partido que enfrenta problemas diretos com o PT. Os
aliados apostam que a interferência do ex-presidente poderá ser essencial na
resolução de problemas de palanques nos estados. “O PMDB enxerga com muitos
bons olhos essa decisão do ex-presidente de viajar pelo país”, afirmou o
presidente em exercício do partido, senador Valdir Raupp (RO). “Já não era sem
tempo”, completou. O PMDB foi a primeira legenda que, explicitamente, recorreu
ao petista após a paralisação das negociações com o governo, tanto em relação
aos ministérios quanto aos palanques estaduais. De acordo com Raupp, a relação
entre o PMDB e o PT se divide em quatro pontos. O primeiro, mais fácil, engloba
os estados nos quais petistas e peemedebistas estarão unidos, sem crise, como
em Goiás e no Distrito Federal, por exemplo. O segundo consiste em uma situação
híbrida, com as duas legendas mantendo candidaturas próprias, mas com palanque
duplo para Dilma. Dois exemplos são Rio Grande do Sul e São Paulo. O terceiro
quadro é composto pelos estados onde o PMDB se unirá à oposição, como Bahia e
Pernambuco. O último grupo — em que o PMDB espera que Lula atue com mais força
— é aquele em que não há qualquer tipo de acordo. Estão nesse rol Ceará, Rio de
Janeiro e Paraíba. As informações são do jornal Correio Brasiliense
Fonte: http://luistorres.com.br
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