Preta Pretinha/Marcha Mundial de
Mulheres; Novas ações serão organizadas por comitês espalhados na capital
e no interior. Vanessa Ramos: Cerca de 200 pessoas de 79
organizações participaram neste final de semana (1° e 2 de fevereiro) do
1º Curso de Formação do Plebiscito Popular pela defesa de uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político.
O encontro ocorreu na capital paulista
com a representação de 40 cidades, incluindo a Grande São Paulo e o interior.
No último dia de encontro, 16 comitês regionais foram criados em todo o
estado. Os movimentos sindicais e sociais preparam novas ações que serão
incorporadas numa agenda de luta durante os próximos meses.
A 1ª Plenária Municipal de São Paulo e
o lançamento do Plebiscito na cidade serão no dia 15 de março, com local a
definir. Reuniões dos comitês locais irão ocorrer durante todo o mês de
fevereiro. No estado de São Paulo, a campanha foi lançada no dia 30 de
novembro, com a participação de dezenas de lideranças populares. Durante a
formação, os participantes foram unânimes em afirmar que neste ano de eleição
só terão apoio os candidatos que assumirem a bandeira do Plebiscito dentro de
sua campanha eleitoral.
Às ruas: A
proposta de construção do plebiscito para debater o sistema político é um dos
resultados das manifestações de junho e julho do ano passado, que sacudiram o
Brasil, a partir da luta pela redução das tarifas de ônibus, na capital
paulista. Segundo o secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista
Gomes, os Comitês locais terão a missão de planejar as ações para divulgar o
plebiscito e disseminar o debate em todas as cidades do interior paulista.
“Assumimos essa campanha em todo estado. Estamos preparando a 14ª Plenária
Estadual da CUT São Paulo, na qual poderemos fazer um debate específico sobre a
Constituinte Exclusiva e Soberana”, afirma.
Para o advogado e militante da Consulta
Popular, Ricardo Gebrim, a atividade formativa foi bastante representativa.
“Esse curso de formação de formadores é três vezes maior do que foi o
Plebiscito Contra a Alca em 2002”, afirma. O tema do Plebiscito apresenta
questões relacionadas ao sistema político, como o financiamento público de
campanhas, a subrepresentação das mulheres, indígenas e negros no parlamento e
a importância do fortalecimento de mecanismos de democracia, como a
participação em conselhos e a construção de referendos e plebiscitos, que
permitam ao povo participar das decisões políticas de forma efetiva.
A militante Maria Júlia Monteiro, da
Marcha Mundial de Mulheres, ressalta que a proposta de uma Constituinte
Exclusiva e Soberana permite, entre outros assuntos, ampliar o debate sobre a
participação das mulheres na política, tanto no parlamento como nos movimentos
sociais. “A discussão não é apenas no âmbito eleitoral, mas envolve todo o
sistema político. Esses debates não estão separados da proposta de um projeto
de transformação da sociedade, pois o que temos é um modelo elitista,
capitalista, patriarcal e racista – que é contra o que lutamos”, conclui a
feminista.
Fonte: http://www.brasildefato.com.br
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