Amanda Carvalho e André Gomes
O ex-prefeito de Campina Grande e pré-candidato ao Governo da Paraíba pelo PMDB, Veneziano Vital do Rêgo, se reuniu ontem com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e com o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Charliton Machado.
Na pauta, estava o processo eleitoral na Paraíba e a possibilidade de uma aliança com os petistas já no primeiro turno do processo. Aliança que, segundo o prefeito da Capital, só será definida em abril durante encontro estadual do PT.
“Quando a gente senta para estabelecer um diálogo, isso é um sinal positivo que a gente está buscando um entendimento com todos os partidos. O PT tem uma posição firmada. Nós vamos ter um encontro estadual que foi adiado para abril e uma decisão nós só vamos ter nessa data”, garantiu.
Para Veneziano Vital do Rêgo, uma composição com os petistas já no primeiro turno das eleições de outubro, tanto fortaleceria a oposição na Paraíba, quanto reforçaria o palanque da presidente Dilma Rouseff em todo o Estado.
“O PT tem a sua candidatura e sabe que o PMDB tem postulado uma composição no primeiro turno. É de conhecimento que a aliança fortificará o palanque da presidente Dilma e da oposição. Essa foi uma conversa preliminar, vamos expor nossas ideias, nossos conhecimentos e, quem sabe, poder ir estreitando em torno de uma aliança”, destacou o peemedebista.
Antes de um posicionamento definitivo em relação ao PMDB, Cartaxo disse que o PT deve finalizar as discussões dentro do Blocão. Apenas após essas deliberações é que O PT terá condições de se posicionar em relação a uma aliança com o PMDB já no primeiro turno. Gadelha vê equívocos no Blocão:
O suplente de deputado federal e pré-candidato ao Governo da Paraíba, Leonardo Gadelha (PSC), admitiu ontem que o Blocão formado pelo PSC, PT e PP cometeu equívocos ao longo do processo de diálogos para formação de uma chapa majoritária nas eleições deste ano. Segundo Gadelha, os partidos deveriam ter promovido debates e consultado a população sobre o processo de formação da chapa que, possivelmente, disputaria o Governo do Estado.
“O Blocão através das candidaturas poderiam ter afunilado o processo, promovido debates, ouvindo a população. Tive a preocupação de procurar alguns setores da sociedade civil organizada para ouvir as demandas. Se tivéssemos feito isso de forma concertada, organizada, com calendários, teríamos conseguido conquistar mais corações e mentes como fizemos. Ainda assim causamos algum tipo de impacto e alguns amigos começaram a acreditar”, ressaltou o pré-candidato.
Leonardo Gadelha destacou ainda a possibilidade do fim do Blocão. Sempre falando em “suposições e em tese”, o pré-candidato disse que não terá, caso os partidos que compõem a aliança rompam, problema algum em conversar com outras forças políticas para construção de um novo projeto político, mas afirmou que não abre mão de colocar o plano do PSC para governar a Paraíba.
“Eu não abro mão de colocar o nosso plano de Governo. O PSC foi o primeiro a compor um conjunto de metas para o Estado. O que a gente não pode abrir mão nesse momento é de ser coerente”, afirmou Gadelha.
Gadelha disse também que observa com naturalidade o diálogo entre lideranças do PT e do PMDB. “Vejo como absolutamente natural essa aproximação”, disse.
Portal Correio da Paraíba, 25/03/2014
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