Evento em parceria com a ASA, nesta quarta-feira, marca o início das
ações para construção de cisternas em 120 municípios de nove estados, Por Paula
Crepaldi
Doze mil famílias, dos nove estados do semiárido brasileiro, irão receber cisternas que ampliam o acesso à água para produção de alimentos e criação de pequenos animais. A iniciativa é resultado da parceria entre a Fundação Banco do Brasil (FBB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Doze mil famílias, dos nove estados do semiárido brasileiro, irão receber cisternas que ampliam o acesso à água para produção de alimentos e criação de pequenos animais. A iniciativa é resultado da parceria entre a Fundação Banco do Brasil (FBB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Em julho de 2013, a FBB e o BNDES formalizaram convênio para realizar
investimentos sociais, com recursos do BNDES de R$ 126 milhões para a
construção de doze mil unidades de Cisternas Calçadão e Cisternas de Enxurrada
nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Bahia e Minas Gerais. São tecnologias sociais reaplicadas para
captação de água da chuva com a finalidade de garantir a segurança alimentar e
a convivência com seca, para famílias que já têm acesso à água de beber, com a
possibilidade de comercializarem a produção excedente.
O projeto prevê a construção de dois tipos distintos de reservatórios, a
depender do tipo da propriedade rural, seis mil calçadão e seis mil
enxurrada. Os dois modelos captam água da chuva, têm capacidade de armazenar
até 52 mil litros de água e são construídas perto da casa das famílias. A
diferença é que a enxurrada deve ser instalada no caminho por onde passa a
enxurrada, enquanto a calçadão é um pouco maior para captar água em áreas em
declive. Serão beneficiadas cerca de 60 mil pessoas, em 120 municípios
definidos em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome (MDS).
Início das atividades: Nesta quarta-feira (12/03), será dado o passo inicial para a execução
do projeto nos 120 municípios, com a assinatura de Termo de Parceria entre a
FBB e a ASA, em evento na cidade de Gravatá (PE). Após a assinatura, haverá encontro
para planejamento com as entidades executoras que irão desenvolver as ações
para a implantação das cisternas até o final deste ano. O trabalho de
monitoramento e planejamento das ações, objeto do Termo de Parceria, irá
receber o investimento social da FBB no valor de R$ 4,3 milhões.
Antes da instalação do reservatório, as famílias irão passar por capacitação
para obterem maior rendimento da água das cisternas para a produção de
alimentos e a criação de pequenos animais. A identificação, mobilização e
capacitação dos beneficiados, assim como a construção dos reservatórios e a
assessoria técnica para os produtores ficarão sob a responsabilidade das
entidades que foram habilitadas no edital do projeto lançado pela FBB em
outubro do ano passado.
Para assinatura do convênio estarão presentes o presidente da Fundação Banco do Brasil, José Caetano Minchillo; o representante do BNDES, Rodrigo Aguiar; o superintendente de varejo e governo do estado de Pernambuco do Banco do Brasil, Maelcio Mauricio Soares e o coordenador da ASA, Naidison Quintella.
Água para Todos: A parceria para a reaplicação das tecnologias sociais cisterna calçadão e cisterna de enxurrada, a chamada segunda água, faz parte do Programa Água para Todos do Governo Federal que tem o objetivo de universalizar o acesso à água.
A Fundação BB também participa do Programa com a reaplicação das cisternas de placas com o objetivo de captar água da chuva para o consumo humano, que em parceria com o Banco do Brasil já construiu 74.607 cisternas de placas no semiárido, em 130 municípios brasileiros, dos nove estados do semiárido, cerca de 350 mil pessoas foram atendidas.
A cisterna de placas é uma tecnologia social que compreende um reservatório de forma cilíndrica, coberta e semienterrada. A solução foi certificada pelo Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social em 2001, na tentativa de solucionar a falta de água da população mais carente do semiárido brasileiro. As tecnologias sociais de acesso à água podem ser acessadas no Banco de Tecnologias Sociais da FBB.
Fonte: imprensa@fbb.org.br
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