Para o vereador de Lagoa Seca (PB) Nelson Anacleto,
a educação do campo vive uma crise sem precedentes na Paraíba, que estaria se
agravando nos últimos cinco anos com uma política de fechamento de escolas
rurais, responsável pela extinção de mais de 800 unidades no período.
Segundo ele, que também integra a direção do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Lagoa Seca, é preciso fortalecer
experiências produtivas da juventude e implantar programas de educação
contextualizada nas escolas rurais para, além de potencializar a geração de
renda para os jovens do campo, assegurar sua permanência no meio rural.
“Precisamos
impedir o esvaziamento da zona rural. Isto só será possível com a criação de
estratégias para valorizar o papel da juventude e garantir a vida no campo com
qualidade e dignidade”, afirma Anacleto.
De acordo
com o sindicalista, que disputa a presidência da Federação dos Trabalhadores na
Agricultura da Paraíba (Fetag-PB) nas eleições do próximo dia 29, é preciso dar
condições para que a Secretaria de Juventude da entidade mobilize a juventude
camponesa do estado para lutar pelo fortalecimento e ampliação das políticas
voltadas para a juventude.
“Precisamos
lutar por ações que viabilizem o acesso a terra, permitindo que a juventude
tenha condições para sua inserção produtiva e econômica como agricultoras e
agricultores familiares”, diz Anacleto, acrescentando que devem ser resgatadas
e valorizadas as experiências de movimentos da juventude. Educação contextualizada:
Além da
construção de um programa de formação que promova a inclusão produtiva da
juventude rural e gere emprego e renda, Anacleto defende que a direção da
Fetag-PB, em conjunto com os cerca de 210 sindicatos rurais filiados à
entidade, que representam aproximadamente um milhão de agricultores paraibanos,
encampe uma luta contra o fechamento das escolas do campo.
“A educação
contextualizada é essencial para a valorização do modo de vida e de produção da
agricultura e do mundo rural. Entretanto, as políticas públicas em geral se
orientam por uma visão urbana da educação, desconsiderando o contexto e os
valores da vida no campo”, afirma Anacleto.
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