Na quinta-feira (08/05) mais de 350 mulheres e
crianças Sem Terra ocuparam a sede da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), em João Pessoa, dando continuidade a Jornada de Lutas iniciada na
segunda-feira. A reivindicação principal é a suspensão da normativa que inviabilizou
a entrega de bolos, doces e outros produtos produzidos por grupos de mulheres
nos assentamentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Esses alimentos são adquiridos pelo governo
diretamente das camponesas, assentadas da reforma agrária, para a formação de
estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade
social.
Os diversos grupos de mulheres produtoras presentes
na ocupação fizeram investimentos para a compra de equipamentos e adaptação às
exigências de produção, se adequando as normas de entrega de produtos ao PAA.
Entretanto, foi lançada uma normativa com novas regras, que de forma incoerente
não deu prazo de carência para as mulheres se adaptarem, mais uma vez, as novas
exigências o que trouxe prejuízos as trabalhadoras rurais.
Segundo
Juliane, MST/PB: “A mulheres estão organizadas para conseguir a suspensão dessa
normativa que inviabiliza a entrega da nossa produção além de exigir melhoria
no atendimento aos agricultores em todos os armazéns, já que precisamos chegar à
noite anterior e dormir na rua pra conseguir atendimento na manhã seguinte.”
Durante a ocupação uma comissão de mulheres sem
terra foi recebida pelo superintendente da Conab onde foi negociado uma pauta
com outras demandas como, garantia de recursos para a contratação de projetos,
implantação de formas simplificadas para a compra do milho, mudança do diretor
do Armazém de Patos e aluguel de silos nas regiões. Conquistas das Mulheres:
Na continuidade da jornada de lutas, as mulheres
participaram de uma reunião na sexta-feira com a Agência Estadual de Vigilância
Sanitária (AGEVISA) e com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da
Agropecuária e da Pesca (SEDAP) onde ambas se comprometeram e fazer os laudos
para os grupos de mulheres continuarem entregando os produtos ao PAA.
Os representantes da ANGEVISA também participarão
de uma reunião em Brasília na próxima segunda e terça onde irão apresentar a
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária as incongruências da normativa que
prejudicou as mulheres camponesas. LUTAR,
CONSTRUIR REFORMA AGRÁRIA POPULAR! (Direção estadual
do MST-PB)
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