O golpe
envolve a exoneração de servidores logo após aumento de salário para garantir
benefícios superfaturados
Deputados
envolvidos no esquema de superfaturamento de até 1.300% nas férias de
servidores da Câmara podem ter de se explicar à Corregedoria da Casa e ao
Tribunal de Contas da União (TCU) pela prática. “É preocupante ver até que
ponto as pessoas são capazes de articular uma coisa tão sorrateira para se
beneficiar e causar prejuízo ao erário público.
“Deve-se investigar o alcance desse prejuízo”,
afirmou o corregedor da Câmara, Átila Lins (PSD-AM). “É muito significativo que
isso seja esclarecido por parte dos congressistas”, afirmou o presidente do
TCU, Augusto Nardes. “Se não é ilegal, é, no mínimo, imoral”, emendou. Leia mais
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O
deputado federal Chico Alencar (PSol- RJ) avisou que pedirá à Mesa Diretora da
Câmara um levantamento para conhecer a amplitude do rombo aos cofres públicos.
“É uma prática claramente fraudulenta. É lícito suspeitar que o dinheiro ou
parte dele vá para o para o próprio deputado. A Mesa tem que criar um mecanismo
para impedir que a prática se repita nos gabinetes”, avaliou. O parlamentar
também analisa, com a bancada do PSol na Câmara, formalizar um pedido de
investigação à Corregedoria da Casa.
"Fraude coletiva" Secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco
caracteriza o esquema do vale-férias adotado pelos parlamentares como uma
“fraude coletiva”. “O TCU deve apurar esse possível esquema que permite que o
salário seja inflado para o recebimento de férias mais gordas, já que essas
pessoas depois voltam para os mesmos gabinetes. É uma possível fraude tendo em
vista a quantidade de casos”, afirmou.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/
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