Paula Andréas e Maria da Graça - comunicadoras populares da
ASA
Entidades
que atuam no Semiárido piauiense visitaram, no município de
Oeiras, experiências de convivência para avaliar e definir o caráter
produtivo do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido
Brasileiro (ASA Brasil). A ASA designou de "caráter produtivo" o
conjunto de materiais para serem utilizados na construção de benfeitorias
na propriedade e aumento da produtividade, como cercas, galinheiros, sistemas
de irrigação, entre outros.
Para
José Maria Saraiva, coordenador do P1+2 pelo Centro Regional de Assessoria e
Capacitação (Cerac), o encontro foi uma oportunidade de debater e socializar os
sistemas produtivos que serão construídos com as famílias, a partir da
implantação das diversas tecnologias de convivência com o Semiárido. “Socializar
a realidade das famílias, as características local, avaliando o que elas
apontam como seu potencial de produção, é importante para que implantemos um
caráter produtivo de acordo com a realidade de cada família”, enfatizou.
Participaram
da visita, técnicos do Cerac, do Centro Educacional São Francisco de Assis
(Cefas), da Obra Kolping, do Centro de Formação Mandacaru, da Escola de
Formação Paulo de Tarso, do Celta, da Cáritas e da Fetag, além do engenheiro
agrônomo da Emater, José Antônio.
No
primeiro horário do encontro, o grupo visitou a propriedade do agricultor
Silvino, mais conhecido como Tetê Bola, e sua esposa Francisca, na comunidade
Várzea da Cruz. O casal vem desenvolvendo na sua propriedade, através de uma
associação comunitária, um projeto de horticultura com um sistema de irrigação
por gotejamento e microaspersor.
Na horta, a família produz coentro, alface,
tomate, cebola, beterraba, quiabo, abóbora, pimenta e uma grande quantidade de
macaxeira. Por tratar-se de um método de irrigação de baixo custo, além de ter
um melhor aproveitamento da água, o sistema se adaptou bem à proposta da horta.
Após a
visita, o grupo se reuniu para discutir os pontos positivos e negativos, de
acordo com a realidade das famílias beneficiadas com o P1+2; também foram
mostradas através de exposição de slides outras experiências para análise, como
a do agricultor Oliveira em Pedro II, que tem em sua propriedade um sistema de
irrigação sombreado.
À
tarde, o grupo se dirigiu à Comunidade Jenipapeiro em São João da Varjota, para
visitar o casal Valdemar Mendes Vieira e sua esposa Francisca Marques Vieira,
contemplada com uma cisterna-enxurrada do programa P1+2. No final da tarde, o
grupo fez uma breve avaliação do encontro, destacando os pontos positivos e
alguns encaminhamentos para que se efetue um trabalho cada vez melhor no
Semiárido.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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