O
Ministério Público Eleitoral (MPE) já impugnou 1.850 registros de candidaturas
às eleições em todo o país. De acordo com balanço parcial divulgado hoje (18),
cerca de 20% delas (367) foram com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a
candidatura de condenados em segunda instância pela Justiça. O número de
impugnações deve aumentar até o levantamento final, previsto para o fim deste
mês.
O
procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, considerou alto o número de impugnações
com base na Lei da Ficha Limpa e disse que vai defender a aplicação da norma na
íntegra para evitar brechas. “Nós vamos ter uma atuação bastante forte para que
a Lei da Ficha Limpa se consolide em prol da democracia e em prol da sua
aplicação. No que depender do Ministério Público Eleitoral, a lei terá
aplicação plena e integral”, afirmou.
Os
dados se referem à análise de 20 mil candidaturas, feita por 26 procuradorias
regionais e pelo Distrito Federal. Faltam ainda as informações de São Paulo,
estado com o maior número de candidaturas.
Após
o fim do prazo para registro na Justiça Eleitoral, no último dia 5, as
procuradorias eleitorais tiveram cinco dias para impugnar as candidaturas que
apresentaram irregularidades. Em outubro, cerca de 30 mil candidatos devem
concorrer aos cargos de deputado estadual e federal, senador, governador e
presidente da República.
A
entrega do registro não garante a participação do político nas eleições. Após
parecer do MPE, os pedidos são julgados por um juiz eleitoral, que verifica se
as formalidades foram cumpridas.
Para
estar apto a concorrer às eleições de outubro e ter o registro deferido pela
Justiça Eleitoral, os candidatos devem apresentar declaração de bens, certidões
criminais emitidas pela Justiça, certidão de quitação eleitoral que comprove
inexistência de débito de multas aplicadas de forma definitiva, entre outros
documentos, como previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
O
primeiro turno do pleito deste ano será em 5 de outubro. O segundo será
realizado no dia 26, nos casos de eleições para governador ou à Presidência da
República em que o primeiro colocado não obter 51% dos votos válidos, excluídos
os brancos e nulos.
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