O
governador Ricardo Coutinho (PSB) cumpriu exigência do PT e assinou uma carta
se comprometendo em se manter neutro em relação à campanha para presidente da
República durante o primeiro turno da disputa.
A
carta de neutralidade teria sido enviada diretamente ao presidente nacional do
PT, Ruy Falcão, com cópia para a presidente Dilma Rousseff, pouco depois das
14h desta segunda-feira, antes da reunião da Executiva estadual petista e da
convenção que homologaria a aliança com o PSB.
A
existência da carta de neutralidade não é assumida pelo governador Ricardo
Coutinho nem tem divulgação do PT, mas ela existiria sim.
A
confirmação do envio da carta de neutralidade do governador Ricardo Coutinho à
direção nacional do PT foi confirmada por um integrante da Executiva petista na
Paraíba que tomou parte nas negociações para a celebração da aliança com o PSB.
Conforme
o dirigente petista, a carta de neutralidade era condição sem a qual não havia
autorização da direção nacional para a celebração da aliança. Um dos compromissos
do PT teria sido não dar divulgação ao documento para não criar problemas para
o governador Ricardo Coutinho junto à direção nacional do PSB e ao candidato
presidencial de sua legenda, ex-governador Eduardo Campos.
Na
convenção, o governador Ricardo Coutinho falou rapidamente sobre o assunto
disputa para a presidência da República, admitindo dois palanques de campanha –
um para Dilma e o outro para Eduardo Campos.
Nos
bastidores do PT, acredita-se que no material de campanha do governador com
Lucélio Cartaxo (PT), o candidato a senador da chapa, não constará material de
divulgação da candidatura de Eduardo Campos.
Além
da Paraíba, o PT teria fechado dois outros acordos com candidatos a governador
do PSB em troca da neutralidade na campanha para presidente da República no
primeiro turno e apoio a Dilma Rousseff no segundo turno.
São os casos do
Amapá, onde o PT vai apoiar o governador Camilo Capiberibe (PSB), e Espírito
Santo, onde os petistas vão apoiar o governador Renato Casagrande (PSB). A estratégia parece que é a de minar a candidatura de Eduardo Campos dentro de seu próprio partido.
Difícil sabe se o tipo de acordo anunciado será cumprido na campanha, mas a verdade é que, pelo que se divulga, inaugura-se a modalidade de infidelidade explícita e documentada na política brasileira. A infidelidade não documentada já era regra. (Por Josival Pereira)
Fonte: http://www.tambau247.com.br
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