Felipe Sena - comunicador popular da
ASA, Gararu | Sergipe, Uma das famílias que participou da
capacitação | Foto: Arquivo CDJBC
As famílias
agricultoras da comunidade Lagoa do Porco, no município de Gararu – Sergipe,
nos dias 20 e 21 de agosto vivenciaram o valor e a importância das sementes nas
suas vidas.
A oficina de casa
de sementes germinou na comunidade a necessidade de guardar suas sementes, de
mantê-las livres de agrotóxicos e fazer dessa atividade uma iniciativa no
resgate das sementes.
Fez com que as
pessoas lembrassem-se de espécies que agente tinha esquecido, como o milho
branco, lembrou Márcio, agricultor e presidente do Sindicato. Uma semente que
não for de qualidade não adianta trazer pra casa de semente, alertou seu
Messias, agricultor que participava da oficina.
As sementes
crioulas, ou nativas, são muito conhecidas pelas famílias agricultoras. Seus
guardiões e guardiãs as batizaram como da paixão, da resistência, da fartura.
Uma infinidade de nomes elas podem receber. Elas vêm sendo guardadas por
gerações, adaptando-se muito bem ao clima e ao solo.
Debates sobre a
soberania alimentar, sobre a agroecologia, e a convivência com o semiárido
também motivaram a comunidade a revalorizar suas sementes crioulas. O bom é ter
aquilo que é nosso, que é sadio, que é saudável, esse foi o sentimento que mais
marcou os dois dias de oficina.
O que ficou pra nós
foi o desafio de que sejamos multiplicadores e multiplicadoras e
sensibilizarmos o povo, que só o veneno não vai dar vida pra ninguém! afirmou
Márcio que durante o encerramento cantou uma música como forma de
agradecimento.
“Escuta , escuta,
que o outro e a outra já vem, escuta, acolhe, cuidar do outro faz bem! Uma
coisa que aprendi desde o tempo que nasci, que cuidar de mim é cuidar do
mundo!”
As famílias de
Lagoa do Porco são hoje mais um exemplo no fortalecimento da resistência, e que
sua casa de sementes será a ampliação das oportunidades de viver com mais
qualidade de vida no sertão.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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