sábado, 27 de setembro de 2014

Pesquisadores participam de oficina de formação na Paraíba

Karol Dias - comunicadora popular da ASA, Campina Grande – PB; “E vim pra quem me chamou/ De nó eu sou desatador” (Flávia Venceslau) Pesquisadores e pesquisadoras participam de momentos de formação.| Foto: Karol Dias

Entre os dias 22 e 25 de setembro, aconteceu em Campina Grande, na Paraíba, a 3ª Oficina de Formação da Pesquisa “Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Ambientais Extremos no Contexto do Semiárido Brasileiro: 

alternativas para enfrentamento aos processos de desertificação e mudanças climáticas”, com realização da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). 

A primeira manhã foi de diálogo sobre a importância da pesquisa junto às 100 famílias agricultoras do Semiárido que estão sendo acompanhadas e, de início, Antonio Barbosa, coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da ASA.

Assinalou que é “importante que a gente entenda essa pesquisa num lugar histórico e não como um fato isolado”. E que o saber sistematizado deve voltar para as famílias e à sociedade como um todo.

Ignácio Salcedo, diretor do INSA trouxe em sua fala que “o Semiárido é um lugar onde é possível ser feliz”, que “precisamos cuidar da fonte de alimentos que é o solo, a terra, a mãe terra”. Disse também que “a pesquisa vai entrar numa fase de avaliar a geração de renda e é importante perceber para onde está indo a riqueza oculta do solo”.

Colaborando com a construção da metodologia, o professor Francisco Nogueira, do Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa, trata da necessidade de buscar “referenciais teóricos e metodológicos que auxiliem” e ainda afirma que “não dá para fazer esse tipo de trabalho.

Esse tipo de pesquisa se a gente não tiver outra forma de ver o mundo”. E, Luciano Silveira, coordenador da pesquisa pela ASA ressaltou a importância de “compreender a trajetória da família e da comunidade para entender melhor o hoje”.

Essas foram algumas reflexões que dinamizaram os momentos iniciais da formação reafirmando o compromisso com o saber que está sendo sistematizado, com a divulgação de um Semiárido possível, pleno, onde as famílias produzem, se alimentam, partilham e cuidam do meio ambiente e social.

Durante a atividade, os pesquisadores e pesquisadoras também socializaram o estudo aprofundado de um dos casos escolhidos entre os dez que cada um acompanha, detalhando os aspectos quali-quantitativos. A oficina também abordou o estudo sobre a economia da agricultura familiar e camponesa e visitou experiências produtivas de famílias agricultoras da região, para exercitar a coleta de dados econômicos.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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