Do BOL, em São Paulo
Programa lançado por Aécio Neves está sob
investigação em Minas Gerais graças a suspeitas de irregularidades em sua
execução, segundo informações da Folha de S.Paulo deste domingo (31).
O programa Poupança Jovem garante uma conta
bancária com R$ 3.000 ao final do Ensino Médio para os estudantes que cumpram
alguns requisitos, como frequência em sala de aula e presença em atividades
extracurriculares. O programa foi criado em 2007 durante o segundo mandato de
Neves como governador de Minas.
A
investigação aberta no Ministério Público em 2009 visa a constatar se existiu
desvio de verba. Para colocar o programa em prática, o governo contratou
empresas para gerir e distribuir o dinheiro aos alunos.
Uma
das instituições, o Instituto de Cooperação e Educação ao Desenvolvimento
(Inced), é responsável por coordenar o programa nas cidades de Governador
Valadares, Esmeraldas, Ibirité e Ribeirão das Neves e está sendo investigado
porque foi contratado sem licitação e subcontratava outras empresas que
ofereciam alguns serviços aos alunos, como aulas de inglês e informática, bem
como transporte e alimentação.
O
principal intuito do Poupança Jovem é impedir a evasão escolar. O programa está
presente em 1% dos 853 municípios mineiros e prioriza áreas com baixo IDH e
alto índice de violência. A intenção seria promover a inclusão do jovem no mercado de trabalho. O programa já atendeu 120 mil estudantes e serve de chamariz na campanha de Neves, que promete expandi-lo para todo o Brasil caso seja eleito.
Nos dois primeiros anos de execução do programa, o governo de Minas repassou R$ 15 milhões ao Inced. De acordo com a Folha, o instituto informa que não há irregularidades na gestão do programa. Mesmo assim, o Inced encerrou o convênio com o governo de Minas Gerais em 2010 por recomendação do Ministério Público.
Atualmente, os convênios são feitos com prefeituras e universidades. O governo de Minas Gerais informa não ter recebido qualquer correspondência do Ministério Público sobre a investigação. O candidato Aécio Neves não se manifestou, dizendo tratar-se de assunto do Estado.
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