Nós, deputados federais do PSOL, trocando
ideias e respeitando os princípios partidários, como é nosso dever, construímos
uma posição COLETIVA - serena e clara - diante do embate do 2º turno presidencial:
1. Um pleito em 2º turno, quando nosso projeto partidário não está ali representado, é mais uma eleição do não do que do sim;
2. O PSOL vê com preocupação o avanço conservador no Congresso Nacional, com a votação expressiva de representantes da ultradireita, do fundamentalismo, do corporativismo empresarial e latifundiário, do ruralismo antirreforma agrária e violadora dos direitos indígenas, do patrimonialismo, do discurso de ódio à diversidade e aos direitos humanos e do clientelismo dos currais eleitorais.
3. No plano nacional, há uma divisão na sociedade, com os setores mais à direita, do privatismo total, da corrupção estrutural e sistêmica, de parte significativa da mídia grande e dos avessos à participação popular alinhados com Aécio, isto é, com PSDB, DEM, PTB, PSC; de outro.
Com as
evidentes contradições do PT e do governo Dilma, assemelhado aos tucanos até na
continuidade da corrupção, alinham-se movimentos, personalidades e partidos com
viés mais progressista.
4. Para nós, do PSOL, nossa missão principal nesta disputa eleitoral encerrou-se no 1º turno, no qual, nos estados e no país, com Luciana Genro, afirmamos nossas propostas programáticas básicas e um novo modo de fazer campanha política, sem os aparatos enganosos das candidaturas milionárias, prisioneiras de empreiteiras, bancos, frigoríficos e mineradoras que as financiam.
5. Sem qualquer intenção de participação num eventual nova governo ou de formar 'base de sustentação' a ele, manteremos nossa condição de oposição programática de esquerda, seja qual for o (a) presidente eleito (a), preservando assim, nossa posição crítica, fiscalizadora e propositiva.
6. Diante da composição de forças políticas e sociais que se constituiu, com os vínculos entusiasmados dos setores mais conservadores e retrógrados com a candidatura tucana, e do retrocesso que isso pode representar, dentro dos marcos aprovados pelo PSOL em Resolução divulgada em 8/10, declaramos nosso voto em Dilma.
7. Seguiremos na luta, nas ruas, nas redes e nos parlamentos, por Reforma Política com participação popular, por Reforma Tributária que grave os mais ricos, por políticas de superação estrutural da desigualdade social e inter-regional, pela auditoria da dívida.
Pelo combate a todas as discriminações,
por uma política externa independente da hegemonia estadunidense e por um
Brasil livre, soberano, justo, igualitário e fraterno. Brasília, 10 de outubro de 2014; Edmílson Rodrigues (PA)
Chico Alencar (RJ) Jean Wyllys (RJ) Ivan Valente (SP) DEPUTADOS
ELEITOS PELO PSOL
Fonte: http://www.mobilizacaobr.com.br/
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