Sara
Brito - Comunicadora popular da ASA; Caruaru – Pernambuco; Agricultores/as, ASA, MDS, MDA
e representantes de outras organizações do movimento social durante avaliação.
| Foto: Sara Brito/Centro Sabiá.
Mais de 1.500 agricultores/as ocuparam o espaço para avaliar
as políticas públicas de convivências com o Semiárido. | Foto: SaraBrito/Centro
Sabiá
esta
quinta (16), no Dia Mundial da Alimentação, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), junto com o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA).
A Articulação
Semiárido Brasileiro (ASA) e mais de 1500 agricultores e agricultoras familiares,
de Pernambuco e de todos os estados do Nordeste, avaliaram as políticas
públicas que têm sido destinadas ao Semiárido brasileiro. A 8º Rodada de
Avaliação – Termo de Parceria para Ações de Convivência com o Semiárido
aconteceu em Caruaru, município do Agreste pernambucano.
Com a presença da
ministra do MDS, Tereza Campello, e do ministro do MDA, Laudemir Muller, a
pauta da avaliação foram os projetos sociais que vêm contribuindo para a
autonomia das famílias agricultoras da região semiárida, garantindo o acesso à
água.
A segurança alimentar e nutricional e proporcionando a geração de renda e
processos de formação, capacitação e mobilização de agricultores e
agricultoras. Para Jaime Amorim, dirigente regional do Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra (MST), as ações contribuíram para o aumento das
possibilidades de permanência no campo.
“Hoje, oito em cada dez pessoas do campo
querem ficar no campo. Eu aposto que se essa pesquisa fosse feita nos anos 90,
o resultado seria o contrário. Hoje as pessoas querem ficar no campo”, afirma
ele. Segundo Jaime, as mudanças existem, mas precisam continuar. “Avaliar e
compreender as ações não é ficar satisfeito com o que se tem, é apontar para o
futuro com propostas de melhoria”, continua ele.
“Não temos, no
Brasil, no momento, como retroceder, dar um passo para trás. A gente já sabe o
caminho, agora temos que caminhar”, disse Verônica Santana, do Movimento de
Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), sobre as políticas
públicas buscadas e executadas por organizações e movimentos sociais.
Verônica comemorou
a marca de 1 milhão e 300 mil mulheres com documentos (civis e jurídicos, como
CPF e RG) expedidos pelo Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora
Rural e os dez anos completados pelo Programa, que leva à mulheres
trabalhadoras rurais a possibilidade do acesso a políticas públicas que
beneficiam a elas próprias e suas famílias.
Para o ministro
Laudemir Muller, as mudanças no Semiárido e em todo o Brasil não vieram por
acaso. “Isso não cai do céu. É resultado da organização da ASA, da Contag, do
Fetraf, do MMTR-NE, das organizações e também de políticas públicas, de um
governo que olha para essas causas”, disse ele. “Agricultura familiar e reforma
agrária fazem parte do projeto de desenvolvimento nacional. O Brasil que
queremos passa pelo Semiárido e pela agricultura familiar”, concluiu o
ministro.
Os programas de
construção de cisternas executados pela ASA foram lembrados pela ministra
Tereza Campello. Segundo ela, de 2003 até setembro de 2014 foram entregues
1,055 milhão de cisternas em todo o Semiárido brasileiro.
A média atual de
construção de cisternas é de 1000 tecnologias por dia. “Temos que lembrar o
conceito que nos trouxe até aqui, que não é o de combate à seca, mas o de
convivência. Não conseguimos esse conjunto de ações sozinhos, mas unidos o
governo, os estados, os municípios e, principalmente, os movimentos sociais”,
ressaltou a ministra.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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