sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Políticas públicas para o Semiárido são avaliadas por agricultores/as, ministra e ministro em Caruaru

Sara Brito - Comunicadora popular da ASA; Caruaru – Pernambuco; Agricultores/as, ASA, MDS, MDA e representantes de outras organizações do movimento social durante avaliação. | Foto: Sara Brito/Centro Sabiá.
 Mais de 1.500 agricultores/as ocuparam o espaço para avaliar as políticas públicas de convivências com o Semiárido. | Foto: SaraBrito/Centro Sabiá

esta quinta (16), no Dia Mundial da Alimentação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), junto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e mais de 1500 agricultores e agricultoras familiares, de Pernambuco e de todos os estados do Nordeste, avaliaram as políticas públicas que têm sido destinadas ao Semiárido brasileiro. A 8º Rodada de Avaliação – Termo de Parceria para Ações de Convivência com o Semiárido aconteceu em Caruaru, município do Agreste pernambucano.

Com a presença da ministra do MDS, Tereza Campello, e do ministro do MDA, Laudemir Muller, a pauta da avaliação foram os projetos sociais que vêm contribuindo para a autonomia das famílias agricultoras da região semiárida, garantindo o acesso à água.

A segurança alimentar e nutricional e proporcionando a geração de renda e processos de formação, capacitação e mobilização de agricultores e agricultoras. Para Jaime Amorim, dirigente regional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), as ações contribuíram para o aumento das possibilidades de permanência no campo.

“Hoje, oito em cada dez pessoas do campo querem ficar no campo. Eu aposto que se essa pesquisa fosse feita nos anos 90, o resultado seria o contrário. Hoje as pessoas querem ficar no campo”, afirma ele. Segundo Jaime, as mudanças existem, mas precisam continuar. “Avaliar e compreender as ações não é ficar satisfeito com o que se tem, é apontar para o futuro com propostas de melhoria”, continua ele.

“Não temos, no Brasil, no momento, como retroceder, dar um passo para trás. A gente já sabe o caminho, agora temos que caminhar”, disse Verônica Santana, do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), sobre as políticas públicas buscadas e executadas por organizações e movimentos sociais.

Verônica comemorou a marca de 1 milhão e 300 mil mulheres com documentos (civis e jurídicos, como CPF e RG) expedidos pelo Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural e os dez anos completados pelo Programa, que leva à mulheres trabalhadoras rurais a possibilidade do acesso a políticas públicas que beneficiam a elas próprias e suas famílias.

Para o ministro Laudemir Muller, as mudanças no Semiárido e em todo o Brasil não vieram por acaso. “Isso não cai do céu. É resultado da organização da ASA, da Contag, do Fetraf, do MMTR-NE, das organizações e também de políticas públicas, de um governo que olha para essas causas”, disse ele. “Agricultura familiar e reforma agrária fazem parte do projeto de desenvolvimento nacional. O Brasil que queremos passa pelo Semiárido e pela agricultura familiar”, concluiu o ministro.

Os programas de construção de cisternas executados pela ASA foram lembrados pela ministra Tereza Campello. Segundo ela, de 2003 até setembro de 2014 foram entregues 1,055 milhão de cisternas em todo o Semiárido brasileiro.

A média atual de construção de cisternas é de 1000 tecnologias por dia. “Temos que lembrar o conceito que nos trouxe até aqui, que não é o de combate à seca, mas o de convivência. Não conseguimos esse conjunto de ações sozinhos, mas unidos o governo, os estados, os municípios e, principalmente, os movimentos sociais”, ressaltou a ministra.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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