Macaxeira, milho,
hortaliças e vários outros produtos orgânicos e diversas outras culturas foram
destruídas durante o despejo realizado ontem (6), na fazenda Paraíso, em
Mogeiro.
“Foram mais de 10 hectares de lavouras destruídas, além de várias
casas das famílias de posseiros que não tiveram o direito nem de retirar seus
pertences”, disse o deputado estadual Frei Anastácio.
O deputado denunciou que
se formou uma verdadeira praça de guerra durante a ação de despejo. “Mais de
cem policiais do pelotão de choque que dispararam bombas de efeitos moral,
usaram spray de pimenta e bala de borracha contra os trabalhadores”, disse o
deputado.
Frei Anastácio disse que
depois de mais de 40 anos de luta, ao lado dos trabalhadores, nunca havia
presenciado situação semelhante. “Foi triste ver casas sendo destruídas,
plantações sendo arrancadas pelos tratores, animais mortos e os posseiros sem
poder fazer nada”, descreveu o deputado.
O petista disse que dos
trinta hectares de plantações dos posseiros, foram destruídos mais de dez
hectares de várias culturas. “O que esperamos é que a justiça não ordene um
novo despejo. O Incra está interessado em comprar a área para transformar em
assentamento da reforma agrária”, afirmou.
A fazenda Paraíso é
ocupada por cerca de 50 posseiros que moram nas terras há muitos anos. Segundo
Frei Anastácio, muitos dos posseiros moram na fazenda há mais de 50 anos. “O que essas famílias estão reivindicando é o direito a terra onde eles nasceram e cresceram.
O
conflito teve início este ano, com a proibição do proprietário, Zé Guilherme,
dos trabalhadores continuarem plantando, uma atividade que eles desenvolviam
desde que nasceram na terra”, explicou o deputado. Os posseiros são assistidos
pela Comissão Pastoral da Terra, que está acompanhando todo processo de luta
dos trabalhadores e trabalhadoras.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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