Religioso
e ativista defende fortalecer as organizações de base e pensar a política para
além dos governos, como forma de garantir o aprofundamento das mudanças sociais
em curso.
Em
seu comentário das manhãs das segunda-feiras à Rádio Brasil Atual, o religioso e assessor de movimentos sociais
Frei Betto apontou a necessidade de se complementar as políticas públicas de
inclusão social com "processos pedagógicos de formação e organização
políticas" sobre os avanços trazidos pelos governos progressistas de
diversos países da América Latina.
"É
preciso aderir a um projeto político alternativo ao capitalismo. É preciso dar
sim o benefício, mas dar esperança. Promover o acesso ao consumo, mas também o
surgimento de novos protagonistas sociais e políticos, novos atores, gente boa,
com ética e combativa, para renovar os quadros da política atual”, analisou.
Para
Frei Betto, o modelo calcado no consumo capitalista reforça valores como o
individualismo e o conservadorismo: "Não se percebe que, neste sistema
consumista, cujas mercadorias estão impregnadas de fetiches, que valorizam o
consumidor e não o cidadão.
“O
capitalismo acaba introduzindo nas pessoas supostos valores como a
competitividade, em vez da solidariedade, e a mercantilização de todos os
aspectos da vida e da natureza.”
É
necessário, completou pensar a política para além dos limites de governo.
"A política tem que ser feita nos sindicatos, nos movimentos sociais, nos
núcleos de base", em um processo que ele classifica como "organizar a
esperança."
“A
esperança dos excluídos, dos marginalizados, daqueles que tem um salário
indigno, para que se transformem em força política e consigam virar o jogo da
democracia, tornando-a verdadeiramente democrática, ou seja, que haja
democracia não só na política, mas, sobretudo na economia, com a redução da
nossa desigualdade e com uma vida de melhor qualidade e mais justiça para todo
o povo brasileiro", concluiu.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br
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