segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ministra do Supremo defende reforma política no Brasil

Carmen Lúcia, atual ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu há pouco uma transformação no sistema político brasileiro. 

De acordo com a juíza, uma reforma com mudanças pontuais não será suficiente para atender as demandas da sociedade. Em seu pronunciamento durante congresso sobre direito constitucional em Brasília, na sexta-feira, 28 de novembro, ela utilizou a metáfora “maquiar um cadáver” para fazer alusão a esse processo.

Para a juíza, os questionamentos atuais são um sinal de que o modelo político vigente no Brasil não deu certo. "Não é possível que uma sociedade viva de sobressaltos éticos e institucionais. Como está, não está bom".

Ela acredita que o Brasil adota um modelo invertido de promoção de mudanças políticas no qual a sociedade pouco participa. "Aqui, o Estado resolve em que momento ele permite que órgãos instituídos pelos dirigentes trabalhem sobre os temas que sejam da sociedade", disse, após afirmar que na Alemanha, a sociedade quem atua e toma decisões políticas.

Uma das principais dificuldades em promover a reforma política, segundo ela, tem relação com os próprios legisladores. "Quem faz a reforma é exatamente quem chegou aos cargos por meio das normas que se pretende mudar. 

Há muita gente satisfeita com o modelo político que aí está", destacou. Segundo Cármen Lúcia, o papel do STF nesse cenário será de traçar os caminhos que não podem ser tomados na política.

Da Agência CNM, com informações do Estadão

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