Adriano
Oliveira e Stefanya Neves - Comunicadores populares da ASA; Natal/RN
Com o
tema Comunicação Popular Comunitária para convivência com o semiárido, a ASA
Potiguar reuniu nos dias 15, 16 e 17 no auditório do Centro de Treinamento João
Paulo II, em Natal/RN, Comunicadores Populares, Agricultores (a), Artistas,
pessoas ligadas aos projetos, instituições e demais parceiros.
O evento faz parte de uma serie de atividades que a ASA Nacional está realizando com o intuito de debater a comunicação como um direito de todos, buscando democratiza - lá, para que ela possa estar inclusa nos processos de formação e mobilização para a convivência com o semiárido.
É sabido que a comunicação é o que nos torna seres sociais, portanto é necessário discutir a importância dela, dentro desse novo contexto política que a ASA nesses 15 anos de existência se propõe a construir.
Para
isso, foram convidados para o debate Ivan Moraes (Representante do Fórum
Nacional Pela Democratização da Comunicação), Fernanda Cruz (Coordenadora da
Assessória de Comunicação da ASA) e Tárzia Medeiros (Membro da
Coordenação Estadual da ASA Potiguar), com o Tema: O Papel da Comunicação Popular
e Comunitária no IX ENCONASA.
No debate os convidados puderam expor suas vivencias e trouxeram questionamentos importantes para comunicação popular como um todo, nos fazendo refletir sobre a maneira de como podemos usufruir desses meios para construir a visão de um novo semiárido. Os outros ENCONASA servirão de base para a construção da comunicação na sua edição Potiguar.
Para isso, é necessário anunciar um semiárido rico, vivo e cheio de cores,
descaracterizando a imagem de solo rachado e seca pregada pela mídia
nacional. Ivan Moraes destacou que “é preciso vencer paradigmas que estão
enraizados na cultura da sociedade, para comunicar de forma digna e dizer que
ser da zona rural é algo bom, vivemos num contexto em que pouca gente tem e
detém o microfone”.
No semiárido a comunicação popular se manifesta de diferentes maneiras, indo desde as rodas de conversas, feiras, grupos de mulheres e jovens aos instrumentos sistematizados, como boletins, cartilhas e banners.
De acordo
com Tárzia Medeiros é importante lutar e combater os desafios da
comunicação, unindo todos os elementos possíveis, que vão desde os cursos de
GAPA e SSMA a construção das tecnologias, e principalmente o desafio das
entidades em compreender a comunicação como elemento fundamental na construção
do debate político do semiárido.
Ainda durante o encontro as microrregionais que compõem o Estado se reuniram e mapearam as ações de comunicação da ASA Potiguar. Para construir esse novo olhar para o Semiárido é importante avaliar quem somo e como estamos dentro desse processo de construção coletiva de comunicação.
Além dos
Fóruns, Associações, Agricultores (as), Entidades, Comunicadores, as
microrregionais avaliaram que é necessário fazer um mapeamento de artistas,
cordelistas, músicos, poetas, para enriquecer ainda mais o universo da
comunicação popular.
Além disso, se constatou que muitos foram os
avanços na comunicação do Estado, mas que essa luta é constante e que ainda a
muito a se fazer. Como desafio para o fortalecimento dessa rede, precisamos entender
e avançar no debate político da comunicação.
Compreendendo que cada instrumento
(blogger, sites, redes sociais, rádio, jornal, revista, vídeo, cordel, música,
teatro, banner, boletim) utilizado pelas microrregionais tem um objetivo
especifico de comunicar.
No encontro houve também a facilitação de oficinas de Stencil, Cordel e Fotografia, que buscaram acrescentar novos conhecimentos aos comunicadores, visando à construção do próximo ENCONASA.
Todas as
oficinas foram dividas em dois momentos: teórico e prático. Para o
Coordenador da ASA Potiguar Paulo Segundo Silva a Comunicação no semiárido
ainda é complexa, segundo ele é importante ampliar as parcerias e buscar novos
conjuntos de pessoas e experiências, unindo a reflexão com a prática.
Durante os três dias de vivencia os participantes puderam colaborar com suas experiências, bem como tirar suas dúvidas, mas o principal foi que cada pessoa pode internalizar as reflexões sobre o papel da comunicação na construção desse novo semiárido.
Entendendo
que a comunicação é um direito de todos e que podemos encontrar a felicidade e
comunicar longe “das luzes da cidade”. “Contra os coronéis do sertão/temos que
democratizar a comunicação”.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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