Citado como suposto beneficiário de propina da
Petrobras, o líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara, Eduardo Campos
(RJ), afirmou ontem que vai propor à bancada do PMDB.
a segunda maior da Casa, que todos assinem o pedido
de abertura de uma nova CPI da Petrobras. Ele disse ter "absoluta
certeza" que, com "total apoio" do partido, a CPI será
instalada.
O governo reagiu prontamente, e, em entrevista
coletiva, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas,
afirmou que a comissão não era necessária. Um país que tem o Ministério
Público.
A CGU e a PF atuando de forma mais eficiente não
precisa de CPI. Junto com o tucano: O senador eleito e ex-governador de Minas
Gerais, Antonio Anastasia, são o segundo integrante da cúpula do PSDB a ser
citado na Operação Lava-Jato.
Depois do
ex-presidente do partido, o já falecido Sérgio Guerra, ontem a "Folha de
S.Paulo" revelou que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho,
conhecido como "Careca", disse aos investigadores em novembro que
entregou R$1 milhão a Anastasia por ordem do doleiro Alberto Yousseff.
O encontro teria acontecido em uma casa de Belo
Horizonte, em 2010. De acordo com o "Jornal Nacional", que exibiu
trechos do depoimento, "Careca" relatou o caso da seguinte forma:
"Fui numa casa em Belo Horizonte, em 2010, perto de um shopping, numa
rodovia. Fui fazer a entrega a pedido do Yousseff e, segundo ele, o dinheiro
era para o Anastasia. Mais tucano na Lava Jato:
Oposição e base aliada se unem nas inúmeras citações a políticos constantes em
documentos apreendidos e depoimentos em delação premiada na Operação Lava-Jato.
Uma amostra do que está contido nos autos da investigação revela a presença de
mais de 40 políticos nessa situação.
Está na
relação; PSDB, PMDB, DEM, PP, PTB, SD e PSDC tiveram nomes fornecidos pelos
delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, pelo policial Jayme
"Careca" Alves pelos registros nos inquéritos policiais e pelas
planilhas da empreiteira Camargo Corrêa, cujos executivos também foram
denunciados por corrupção em obras superfaturadas na Petrobras.
PSDB Antônio Anastasia (MG)
Senador eleito Jayme "Careca" José Aníbal (SP) Deputado Lista de
obras da Camargo Corrêa Mário Covas (SP) Vereador Lista de obras da
Camargo Corrêa.
O policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como
"Careca", é acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público
Federal de ser um dos quatro homens escalados pelo doleiro Alberto Youssef para
transportar o dinheiro de propina que ele diz ter pago a políticos e
empresários.
Preso na Operação Lava-Jato, Jayme Alves foi solto
em novembro. Ele mora no Rio de Janeiro e está temporariamente afastado do
cargo de agente da PF no Aeroporto Internacional do Galeão por determinação do
juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro.
Em função de sua atividade na PF, "Careca" tinha facilidade para
circular com grandes quantias de dinheiro pelo país, fazendo pagamentos em
dinheiro vivo a quem quer que o doleiro Youssef indicasse. Segundo seu
depoimento, ele pagou elevadas somas a políticos no Rio, em Brasília e em Minas
Gerais.
Somente em 2011 e 2012, teria transportado R$ 16,7
milhões em espécie. Desse total, havia R$ 13 milhões, US$ 991 mil e 375 mil
euros. Esses valores constam da contabilidade informal feita pelo doleiro
Youssef e apreendida em seu escritório de São Paulo em março, no início da
Operação Lava-Jato. REAIS, DÓLARES E EUROS:
Como transportava altas somas, "Careca" diz que chegava a pedir o
apoio de carros-fortes. Na condição de policial, fazia a "escolta"
dos carros com dinheiro. Em depoimento dado à PF do Paraná no dia 18 de
novembro, "Careca" disse que entregou, em 2010, R$ 1 milhão ao então
candidato a governador de Minas Gerais pelo PSDB, Antonio Anastasia,
Hoje senador
eleito pelo PSDB de Minas Gerais. Nesse mesmo depoimento, também citou o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como beneficiário do dinheiro que distribuía.
Os dois políticos negam conhecer o policial federal e ter recebido valores de
Youssef.
Além de "Careca", Youssef teria outras três "mulas"
(transportadores de dinheiro): Rafael Ângulo Lopez, Adarico Negromonte Filho e
Carlos Rocha. Ângulo Lopez cuidava do cofre de Youssef no escritório da Avenida
São Gabriel quando ele não estava em São Paulo.
No dia 18 de março, quando a Lava-Jato foi deflagrado,
a PF aprendeu uma maleta em sua sala com R$ 500 mil, além do dinheiro que
estava em seu cofre: R$ 1,3 milhão e US$ 20 mil. Ele transportava dinheiro em
voos domésticos por meio de valises, sacolas ou mesmo amarrado à barriga ou às
pernas.
Adarico Negromonte Filho é irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e
acusado de trabalhar para Youssef. Conhecido como "Maringá",
Negromonte teve seu nome registrado em um dos 32 telefones apreendidos com o
doleiro.
Negromonte aparece em 34 trocas de telefonemas ou
mensagens com Youssef. Já Carlos Rocha, outro "mula" do doleiro, era
utilizado para transportar dinheiro, mas também como ajudante geral, servindo
de laranja em negócios do doleiro.
Fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/
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