A construção da
resiliência da agricultura em regiões semiáridas
Evento reunirá em Campina Grande integrante do governo
federal, órgãos de pesquisa, estudantes, acadêmicos, entidades
não-governamentais e líderes comunitários
Promover
o intercâmbio de aprendizagens sobre experiências de combate à desertificação
realizada em diferentes regiões semiáridas do mundo, conhecer iniciativas
familiares e comunitárias voltadas para a promoção da resiliência e elaborar um
conjunto de diretrizes para o desenho de políticas públicas.
Para o desenvolvimento rural em regiões
semiáridas são alguns dos objetivos do Seminário Internacional Construção da
Resiliência Agroecológica em Regiões Semiáridas, que será realizado entre os
dias 21 e 23 de Janeiro, na sede do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em
Campina Grande-PB.
Resiliência
é a capacidade de resistência e de recomposição dos sistemas agrícolas frente a
perturbações ambientais e socieconômicas. Com a proposta de convivência com o
Semiárido, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) vem ao longo dos últimos 15
anos apoiando o desenvolvimento de sistemas agrícolas mais resilientes nos
biomas Caatinga e Cerrado.
Esse
apoio se dá por meio da estruturação de uma rede de infraestruturas para
captação e armazenamento de água das chuvas a fim de atender necessidades de
consumo humano, e de atividades agrícolas e pecuárias. Quando articulada com
práticas de manejo e conservação da agrobiodiversidade, essa estratégia de
estocagem de água tem gerado efeitos positivos no combate aos processos de
desertificação e na adaptação às mudanças climáticas.
Para
avaliar esses efeitos positivos, a ASA estabeleceu parceria com o INSA a fim de
conduzir uma pesquisa que vem monitorando a construção da resiliência na
agricultura familiar no semiárido brasileiro. Os resultados preliminares dessa
pesquisa serão apresentados e debatidos no Seminário, que contará com
representantes de entidades e redes do Brasil e de outros países.
O
painel de abertura do evento contará com a participação de Clara Inés Nicholls,
coordenadora geral da Rede Iberoamericana de Agroecologia para o
Desenvolvimento de Sistemas Agrícolas Resilientes e Mudanças Climáticas
(Redagres), de Souleymane Cissé, representante da ONG senegalesa IED – Afrique
(Inovação, Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Luciano Silveira, da ONG AS-PTA,
representando a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Os
participantes do seminário terão a oportunidade de conhecer experiências de
combate à desertificação e promoção da resiliência nas regiões paraibanas da
Borborema e do Cariri/Seridó. Essas experiências vêm sendo desenvolvidas com o
apoio da União Europeia por meio do Projeto Terra Forte coordenado pela AS-PTA
Agricultura Famiiar e Agroecologia.
O
Seminário se encerrará na sexta-feira (23/01) com a mesa “Diretrizes para o
desenho de políticas públicas em regiões semiáridas no contexto das mudanças
climáticas e de elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”
A participação de Francisco Campelo, Diretor de Combate à Desertificação do
Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cassio Trovatto da Comissão Interministerial
da Política de Agroecologia e Produção Orgânica (CIAPO), Pedro Gama da Embrapa
semiárido e Cristina Nascimento da ASA.
Exposição
Fotográfica –
Na noite do dia 22/01, será realizado um coquetel de lançamento da exposição
fotográfica Terra Forte: retratos de paisagens camponesas no Hotel Fazenda Day
Camp.
A exposição é composta por 60 imagens produzidas pelo fotógrafo recifense
Flávio Costa na região da Borborema. As imagens buscam destacar os principais
resultados do Projeto Terra Forte produzidos pelas mãos de homens e mulheres do
semiárido paraibano.
Fonte: http://aspta.org.br
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