As mudanças climáticas e os processos de
desertificação são fenômenos que se alimentam mutuamente em regiões áridas,
semiáridas e subúmidas secas, onde estão localizadas 44% das áreas de produção
alimentar no mundo e onde vivem 800 milhões de pessoas.
Reverter esse quadro desafiante é uma urgência que
vem mobilizando amplos setores da comunidade internacional. Não sem
razão, as Organizações das Nações Unidas consagraram 2015 como o Ano
Internacional dos Solos.
A superação desse desafio cobra a disseminação de
inovações técnicas, políticas e institucionais capazes de conciliar o
estancamento dos processos de degradação dos solos e a adaptação da agricultura
às já inevitável mudanças climáticas com a necessidade de intensificar o uso
das terras agrícolas a fim de atender às demandas por alimentos de uma
população mundial crescente.
Experiências em curso em várias regiões do planeta
demonstram que a abordagem agroecológica para o desenvolvimento agrícola é capaz
de efetuar essa conciliação por meio do princípio da intensificação
econômica sem simplificação ecológica. O Agreste da Paraíba é palco de
intensos processos de inovação agroecológica responsáveis pela alteração da
fisionomia das comunidades rurais.
Foi para registrar em luzes e cores a revitalização
das paisagens na região que o fotógrafo recifense Flávio Costa emprestou a
sensibilidade de seu olhar para captar instantâneos de homens e mulheres da
agricultura familiar que com sua inteligência e perseverança constroem caminhos
para transpor localmente desafios que são também de escala global.
As
experiências de promoção da Agroecologia na região são apoiadas pelo Projeto
Terra Forte, iniciativa concebida e executada pela AS-PTA Agricultura Familiar
e Agroecologia, em parceria com o Polo da Borborema, o Patac e Agrônomos e
Veterinários Sem Fronteira (AVSF) e cofinanciada pela União Européia.
Fonte: http://aspta.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário