Ao
tomar conhecimento que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho
acrescentaria o nome do senador tucano Antonio Anastasia na lista de citados da
Operação Lava Jato.
O
PSDB adotou uma estratégia de defesa baseada em duas frentes: desqualificar a fonte,
um "meliante de quinta categoria", segundo o deputado federal Marcus
Pestana, presidente da sigla em Minas Gerais, e apontar uma armação para
prejudicar a legenda.
Em
nota divulgada no Facebook, o senador Aécio Neves afirmou que o autor do
depoimento - um ex - operador do doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema de
lavagem de dinheiro - faz parte de uma "farsa" para "intimidar e
constranger a oposição". Já Pestana fez um questionamento: "Palavra
de bandido virou critério de verdade?"
A reação foi rápida e contundente, mas os tucanos temem os efeitos colaterais do episódio. A expectativa é que o PT passe a usar o depoimento para, nas palavras de um dirigente do PSDB nacional, "nivelar por baixo". Os petistas, lembra que Youssef foi tratado pelos tucanos como fonte fidedigna quando acusou, em depoimento da PF,Lula e Dilma de saberem de tudo sobre o esquema.
"O PT, que está liquidado moralmente, vai
tentar se apegar a isso. Mas não há elemento de comparação. Youssef fez uma
delação premiada. Isso tem uma força imensa", diz o ex-governador Alberto
Goldman, vice presidente nacional do PSDB.
Depois
da divulgação do depoimento de ontem, interlocutores de Aécio telefonaram para
todos os governadores tucanos com o objetivo de unificar o discurso e reforçar
a defesa de Anastasia. Os partidos aliados do PSDB no Congresso também evitaram
fazer desagravos.
"Anastasia
tem uma reputação ilibada, mas qualquer acusação tem que ser apurada",
disse Carlos Siqueira, presidente do PSB. Questionado sobre um possível desagravo,
ele afirmou: "É o partido dele que tem que se solidarizar". (Estadão)
Fonte:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/
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