Por, Romeu Goes
A disputa pelo comando do setor elétrico expôs
fissuras na base aliada do governo e colocou em lados opostos o PT e o PMDB.
Representantes dos dois partidos discutiram publicamente suas diferenças na
briga pela diretoria de Furnas.
Funcionários ligados ao PT foram acusados por
peemedebistas de produzir um dossiê para enfraquecer o grupo do deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), padrinho de indicações na companhia.
Diante do cabo de guerra, Dilma nomeou um
técnico de sua confiança para a empresa. O engenheiro Flávio Decat, ligado ao
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), substituiu Carlos Nadalutti Filho,
afilhado político de Cunha.
A mudança enfraqueceu o deputado, mas
contemplou o senador. No governo Lula, os dois peemedebistas sempre dominaram
cargos importantes do setor elétrico.
Porém, raramente conseguiram estender sua
influência às divisões de engenharia e operação das empresas. Das seis
estatais, o PT só não comanda a diretoria de operação de Furnas, que hoje está
com o PR, mas pode ser atingida pelas mudanças que Decat pretende fazer.
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