quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Cecor conclui 450 cisternas calçadão e enxurrada em cinco municípios sertanejos

Juliana Lima, comunicadora popular da ASA; Sertão do Pajeú – PE; Casal de agricultores Geane Maria dos Santos e Paulo Sérgio Rodrigues, de Preces dos Rodrigues, Mirandiba, comemora a conquista de uma cisterna-enxurrada (Foto: Arquivo Cecor)

O Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), ONG com sede em Serra Talhada, concluiu a construção de 450 cisternas calçadão e enxurrada nos municípios de Flores, Quixaba, Santa Terezinha, Mirandiba e São José do Belmonte, nos Sertões do Pajeú e Central, com financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB), via Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

“Já sofremos demais com falta de água, então a cisterna é uma obra que a gente nunca vai esquecer; que vem do céu. Agora vamos ter água pra fazer uma horta, criar galinhas, doar para um vizinho que precisar.

uma serventia pra gente deixar de carregar água nas costas”, diz a agricultora Geane Maria dos Santos, da comunidade Preces dos Rodrigues, em Mirandiba, que conquistou uma cisterna-enxurrada de 52 mil litros.

Além das cisternas, o Cecor implantou o Caráter Produtivo, um incentivo em infraestrutura para que cada família que recebe a segunda água possa iniciar ou fortalecer a produção de alimentos e/ou criação de pequenos animais a partir da água da cisterna.

“Nós dividimos o caráter produtivo em três linhas de atuação: produção de hortas, criação de galinha de capoeira e caprinovinocultura, possibilitando às famílias a oportunidade para melhorar suas rendas”, explica Valdir Vieira, técnico educacional do Cecor.

Coordenador geral da instituição, Espedito Brito enfatiza a importância das tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva. “A melhor estratégia para as famílias que vivem no Semiárido enfrentarem os períodos de estiagem é armazenar água, assim conseguem produzir alimentos e ainda gerar renda.

Um processo que envolve diversos atores e vem dando respostas às necessidades da região através de programas como o P1+2, que além de estrutura hídrica descontrói a ideia de que a falta de chuvas é o grande problema do Semiárido brasileiro”, afirma.

Ele ainda destaca a importância da Fundação Banco do Brasil apoiar o programa das cisternas. “O apoio da FBB trás um peso maior para o P1+2, isso mostra que os investimentos que antes eram destinados apenas aos grandes projetos, já estão sendo aplicados em tecnologias sociais, fortalecendo essa estratégia”, completa.

Além da execução das cisternas, o projeto ainda fortaleceu três bancos comunitários de sementes, três viveiros de mudas realizaram três intercâmbios interestaduais e quatro intercâmbios intermunicipais.  

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