Juliana
Lima, comunicadora popular da ASA; Sertão do Pajeú – PE; Casal de
agricultores Geane Maria dos Santos e Paulo Sérgio Rodrigues, de Preces dos
Rodrigues, Mirandiba, comemora a conquista de uma cisterna-enxurrada (Foto:
Arquivo Cecor)
O
Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), ONG com sede em Serra Talhada, concluiu
a construção de 450 cisternas calçadão e enxurrada nos municípios de Flores,
Quixaba, Santa Terezinha, Mirandiba e São José do Belmonte, nos Sertões do
Pajeú e Central, com financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB), via
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
“Já
sofremos demais com falta de água, então a cisterna é uma obra que a gente
nunca vai esquecer; que vem do céu. Agora vamos ter água pra fazer uma horta,
criar galinhas, doar para um vizinho que precisar.
uma
serventia pra gente deixar de carregar água nas costas”, diz a agricultora
Geane Maria dos Santos, da comunidade Preces dos Rodrigues, em Mirandiba, que
conquistou uma cisterna-enxurrada de 52 mil litros.
Além
das cisternas, o Cecor implantou o Caráter Produtivo, um incentivo em infraestrutura
para que cada família que recebe a segunda água possa iniciar ou fortalecer a
produção de alimentos e/ou criação de pequenos animais a partir da água da
cisterna.
“Nós
dividimos o caráter produtivo em três linhas de atuação: produção de hortas,
criação de galinha de capoeira e caprinovinocultura, possibilitando às famílias
a oportunidade para melhorar suas rendas”, explica Valdir Vieira, técnico
educacional do Cecor.
Coordenador
geral da instituição, Espedito Brito enfatiza a importância das tecnologias
sociais de captação e armazenamento de água da chuva. “A melhor estratégia para
as famílias que vivem no Semiárido enfrentarem os períodos de estiagem é
armazenar água, assim conseguem produzir alimentos e ainda gerar renda.
Um
processo que envolve diversos atores e vem dando respostas às necessidades da
região através de programas como o P1+2, que além de estrutura hídrica
descontrói a ideia de que a falta de chuvas é o grande problema do Semiárido
brasileiro”, afirma.
Ele
ainda destaca a importância da Fundação Banco do Brasil apoiar o programa das
cisternas. “O apoio da FBB trás um peso maior para o P1+2, isso mostra que os
investimentos que antes eram destinados apenas aos grandes projetos, já estão
sendo aplicados em tecnologias sociais, fortalecendo essa estratégia”,
completa.
Além da
execução das cisternas, o projeto ainda fortaleceu três bancos comunitários de
sementes, três viveiros de mudas realizaram três intercâmbios interestaduais e
quatro intercâmbios intermunicipais.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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