André Araújo - comunicador popular da ASA; Umarizal
| RN; "Com quantas cisternas se reinventa um Semiárido", foi o
mote do encontro | Foto: Arquivo Diaconia.
Com o
mote “Com quantas cisternas se reinventa um Semiárido?”, a Diaconia promoveu na
sexta, 13, o Encontro Municipal de Avaliação do Programa Uma Terra Duas Águas
(P1+2), desenvolvido pela ASA e com financiamento da Fundação Banco do Brasil
(FBB).
O evento aconteceu no auditório da Diaconia em Umarizal (RN), e reuniu mais de sessenta agricultores e agricultoras com objetivo de avaliar as ações do Programa no município, e discutir o impacto que as tecnologias de acesso à água causaram na vida das famílias do Semiárido.
Em Umarizal, foram implantadas 111 cisternas de segunda água, sendo 53 do tipo calçadão e 58 de enxurrada. Cada cisterna tem capacidade para armazenar até 52 mil litros de água de chuva, o que totaliza mais de 5 milhões e 700 mil litros de água, garantindo a autonomia das famílias agricultoras.
A programação contou com apresentação do P1+2, com resgate das ações promovidas no município, roda de diálogo sobre as tecnologias sociais de convivência com o Semiárido, além de exibição do média-metragem cearense “Dona Caroba em:
Não
troque “o seu voto por água”. Para encerrar o dia de atividades, o público
participante teve a oportunidade de avaliar todas as etapas que compõem o
programa, desde a fase de seleção e cadastramento ao caráter produtivo,
destacando os pontos positivos e negativos.
Também
foram avaliados a qualidade da tecnologia e o trabalho realizado pela Diaconia,
enquanto entidade executora, assim como a equipe técnica que acompanhou todo o
processo.
Antes da cisterna de placa de 16 mil litros, os agricultores e agricultoras contam que tiravam água de cacimbas para beber e cozinhar, como o caso de Francisco Gurgel, conhecido como Chico Raulino, que se deslocava mais de 600 metros para pegar água.
Antes da cisterna de placa de 16 mil litros, os agricultores e agricultoras contam que tiravam água de cacimbas para beber e cozinhar, como o caso de Francisco Gurgel, conhecido como Chico Raulino, que se deslocava mais de 600 metros para pegar água.
Já para
os animais e produção de hortas no quintal de casa, a água utilizada pelos
agricultores e agricultoras nos períodos de estiagem era de poços e cacimbões:
“A vantagem dessa cisterna é que a gente vai poder produzir o ano todo, até no
verão. As cacimbas secam, mas a cisterna tem água direto. Sabendo usar, dá pra
fazer muita coisa”, completa Chiquito da Cachoeira.
A professora Maria da Luz, do Sítio Caiçara, observa que antigamente as imagens que ela via na televisão sobre o sertão se referiam a região como lugar de fome e sede. “A primeira coisa que passava era a imagem da terra rachada. Hoje com essa crise de água em São Paulo, o Nordeste virou exemplo para o Sul, por causa das cisternas”, reflete.
A professora Maria da Luz, do Sítio Caiçara, observa que antigamente as imagens que ela via na televisão sobre o sertão se referiam a região como lugar de fome e sede. “A primeira coisa que passava era a imagem da terra rachada. Hoje com essa crise de água em São Paulo, o Nordeste virou exemplo para o Sul, por causa das cisternas”, reflete.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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