sábado, 21 de março de 2015

Ato público em Sobradinho chama atenção da população para os grandes vilões do desperdício da água

Laércio Lima - Comunicador popular da ASA; Sobradinho, conhecida como a Terra da Barragem, possui uma simbologia muito forte quando se trata da luta das comunidades ribeirinhas | Foto: Laércio Lima / Arquivo Amefas.

Hoje (20), organizações da sociedade civil, sindicatos e estudantes saíram pela manhã às ruas de Sobradinho para lembrar a importância da luta pela preservação e boa gestão dos recursos hídricos do planeta. Com o tema “Crise hídrica – Falta água ou gestão?”.

 o ato foi em comemoração à Semana da Água e ao Dia Mundial da Água, 22 de março. O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Sobradinho, conhecida como a Terra da Barragem, possui uma simbologia muito forte quando se trata da luta das comunidades ribeirinhas e os atingidos pela barragem, construída ao longo do regime militar brasileiro, nas décadas de 60 a 80. 

Atualmente, o problema que tem se agravado é a diminuição da vazão do lago de Sobradinho.  Com a capacidade reduzida, o fornecimento de água e a produção de energia poderão ser um gigantesco problema para toda a população que depende do rio. A falta de abastecimento poderá atingir cidades inteiras.

Por isso mesmo, o ato realizado em Sobradinho e em outras cidades à beira do São Francisco apontou os grandes vilões do consumo e do desperdício de água, ou seja, as grandes lavouras de monocultura e a indústria.

Em destaque aquelas instaladas no Vale do São Francisco e que pagam menos pelo uso da água. Ao todo, no Brasil, 72% da água vai para o agronegócio, responsável também, por tabela, de exportar parte dela junto com produtos agrícolas. Cerca de 22% da água vai para a indústria e apenas 6% para o consumidor residencial.

O ato também destacou a inércia dos órgãos responsáveis pela gestão da água, bem como a responsabilidade de cada um de nós pela preservação e bom uso desse recurso natural imprescindível à sobrevivência do planeta a qual habitamos. Em especial, nossa cidade e nosso rio São Francisco.
 
Estiveram juntos na caminhada: Irpaa (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sobradinho, Efas (Escola da Família Agrícola de Sobradinho), Amefas (Associação Comunitária Mantenedora da Escola Família Agrícola de Sobradinho).

 Sajuc (Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade), PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular de Sobradinho), Pastoral da Criança, MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), APLB SOBRADINHO, CEIGV (Centro Educacional Gente Valente).

Igreja Católica da Vila São Joaquim e Coopetur (Cooperativa de Turismo de Sobradinho), alunos das escolas públicas estaduais Vila São Joaquim e Maria José de Lima Silveira, vereador Adilson Ribeiro (PT), Escola Municipal Geraldo Francisco da Silva.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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