sábado, 25 de abril de 2015

Encontro com Comissões Municipais marca início do Projeto Sementes do Semiárido no Vale do Jequitinhonha

No Vale do Jequitinhonha (MG), os municípios atendidos pela Casa de Sementes serão Turmalina, Veredinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Felizburgo.

Regiane Ferreira, comunicadora popular da ASA; Araçuaí – MG; As sementes crioulas são mais resistentes e adaptadas às condições climáticas do Semiárido Foto: Regiane Ferreira | Arquivo:

Cáritas MG;No dia 15 de abril, aproximadamente 20 pessoas representantes das comissões municipais dos seis municípios onde serão implementados o Programa Sementes do Semiárido estiveram na cidade de Araçuaí.

A atividade teve como objetivos discutir a problemática das sementes na região do Vale do Jequitinhonha, bem como trocar experiências entre os guardiões e guardiãs da agrobiodiversidade e discutir os critérios de escolha das comunidades onde serão implementadas as casas de sementes.

O encontro também foi uma oportunidade para planejar a execução do projeto, assim como debater o papel das comissões municipais na execução do projeto. No Vale do Jequitinhonha (MG), os municípios atendidos serão Turmalina, Veredinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Felizburgo.

De acordo com Rodrigo Vieira, secretário da Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais, o encontro foi um importante momento para que as comissões municipais entendam o objetivo das Casas de Sementes em seus municípios.

“As Comissões municipais já saíram com a data dos encontros marcadas, lembrando que o trabalho da Articulação Semiárido (ASAs municipais) será um braço forte na execução deste projeto”, disse.

Para a coordenadora do projeto no Vale do Jequitinhonha, Cléia de Fátima Silva, da Cáritas Diocesana de Araçuaí, o Programa Sementes do Semiárido, da Articulação do Semiárido (ASA), em parceria com o governo Federal, é uma grande conquista para os agricultores e agricultoras.

Uma vez que as sementes crioulas, além da preservação do patrimônio genético e resgate dos saberes tradicionais, possuem papel fundamental nas condições de Semiárido dentro dos processos produtivos dos camponeses e camponesas. 

 “Elas são mais resistentes e adaptadas às condições climáticas da região diminuindo as perdas em decorrência da escassez de chuva e promovendo uma agricultura limpa, saudável e com menores custos”, ressalta.

Para Valteir Soares, guardião das sementes do município de Itinga, a troca de sementes entre as famílias agricultoras é que tem garantido, apesar das mudanças climáticas, a soberania alimentar e autonomia das famílias na construção dos seus sistema produtivos.

Segundo João Eudes Prates, técnico do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araçuaí, comenta que o ponto forte foi a roda dos guardiões. “Vir cá e ver tanta gente com experiência, vivenciando a prática da semente crioula me fez sentir que estou no lugar certo”. Programa Sementes do Semiárido:

Além da implementação de 16 Casas de Sementes, na região do Vale do Jequitinhonha, o projeto prevê atividades de formação, intercâmbios e fortalecimentos dos processos de guardiões e guardiãs de sementes crioulas, distribuição de sementes com o compromisso de quem adquirir as sementes, terá de devolver uma parte à Casa,  após a colheita. 

O programa irá construir 640 bancos de sementes crioulas nos estados da Bahia, Minas Gerais, Sergipe, Ceará, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba, executado por de 22 organizações em todo semiárido brasileiro, beneficiando 12 mil famílias.

Em Minas Gerais, o projeto será executado no Norte de Minas pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA) e parceiros locais. Já no Vale do Jequitinhonha, o projeto será implementado pela Cáritas Brasileira Regional Minas em parceria com as Cáritas Diocesanas de Araçuaí e Almenara, bem como o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV). 

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário