O deputado estadual Frei Anastácio (PT) elogiou hoje (13) a
postura do governador Ricardo Coutinho em não se curvar diante das calúnias
levantadas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, contra o
poder executivo, depois dos episódios da última sexta-feira, na Paraíba.
“Os caprichos do presidente da Câmara Federal não foram
atendidos, nem pelo governador, nem pelo presidente da Assembleia. Ele queria
massacrar os movimentos sociais com a polícia de choque na Paraíba.”, disse o
deputado.
“Eduardo Cunha desrespeitou osmovimentos sociais e tentou fazer o mesmo com o governador do estado, além osdeputados Anísio Maia e Estela Bezerra, com quem me solidarizo pelas mentiras
levantadas por aquele deputado”, disse o petista.
Frei Anastácio disse que Eduardo Cunha recusou o pedido
feito para que uma comissão de manifestantes falasse durante a sessão, na
Assembleia Legislativa. “O povo sabe que, com raras exceções, as bancadas que
hoje estão no congresso não representam mais os eleitores.
Não são mais bancadas partidárias. São bancadas que
representam o Bradesco, a Monsanto, fábricas de balas doces do Rio Grande do
Sul e empreiteiras que financiam campanhas”, disse Anastácio.
Segundo Frei Anastácio, o povo sabe que a voz das ruas, que
ecoa dos movimentos sociais e daqueles que mais precisam, será a salvação para
as mudanças que deverão ocorrer neste país.
“São essas vozes que
tentaram calar aqui sexta-feira. Vozes que irão ajudar nas mudanças. Mudanças
que devem atingir as grandes fortunas com a cobrança de impostos, por exemplo,
é uma delas.Quando isso for feito, o Brasil terá por ano cem bilhões de
reais”,disse. De acordo com o deputado, já existe:
projeto nesse sentido da deputada federal Jandira Feghali, do PC do B do Rio deJaneiro, tramitando na Câmara. “Mas, esse projeto não foi retirado da gavetapelo presidente Eduardo Cunha. Ele só retira da gaveta, projetos que, de algumaforma, prejudiquem a imagem do PT”, afirmou.
O petista disse que todos que estavamna Assembleia sexta-feira sabem que se tivesse havido respeito aos movimentos,por parte de Eduardo Cunha, a sessão teria sido realizada.
“O problema é que ele negou dar voz aos representantes dos
movimentos sociais. Esse é o perfil dos que querem dar o golpe na presidência
da república. Tomar as rédeas e manipular o povo, sem voz. Levar o povo ao
caminho que eles querem. Isso está sendo muito bem feito pela grande mídia, que
hoje representa essa direita repressora”, disse.
O parlamentar também fez referência ao que motivou a
participação da militância dos movimentos sociais, como a reforma política sem
o debate com a população, o posicionamento do presidente da Câmara sobre
determinados projetos e como ponto determinante, o PL 4330 sobre a
terceirização de trabalhadores.
“Nesse momento, o copo da paciência do povo já esta
transbordando e quando veio esse PL 4330, sob a terceirização, que é um projeto
que rasga a CLT, e debocha do trabalhador, os movimentos estão se organizando
para pressionar os poderes, solicitando o rechaçamento de propostas que atinja
os direitos trabalhistas”, explicou.
Fonte: http://www.freianastacio.com.br/
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