quarta-feira, 17 de junho de 2015

Governo da França quer banir o uso de glifosato por possíveis ligações com a incidência de câncer


Em uma medida que deverá ter profundas ramificações, a começar pela União Européia, o governo da França decidiu banir o uso de agrotóxicos que tenham o glifosato como ingrediente ativo (Aqui!). Nesse sentido, em entrevista ao canal France3.

a ministra da Ecologia da França, Segolene Royal, declarou que país deve se colocar na ofensiva em relação ao banimento de agrotóxicos. Na mesma entrevista, Segolene Royal informou que solicitou aos estabelecimentos comerciais  atuando na área da jardinagem que suspendam a comercialização de produtos que tenham o glifosato em sua formulação.

É importante lembrar que o glifosato (cujo marca comercial mais conhecida é o Roundup) está disponível no mercado desde a década de 1970, e é atualmente o herbicida mais consumido no mundo.

Em função disso, o glifosato é um dos principais carros-chefes da multinacional estadunidense Monsanto que, aliás, reagiu prontamente à decisão do governo francês. Segundo a Monsanto, produtos contendo glifosato atendem a padrões rigorosos de controle e seriam seguros para a saúde humana.

O problema para a Monsanto é que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) pensa o contrário, indicando a possibilidade de que a exposição ao glifosato seja responsável por, pelo menos, um tipo específico de câncer, o não-Hodgkin linfoma.

Enquanto isso no Brasil, as pressões sendo realizadas pelo Ministério da Agricultura sob o comando de Kátia Abreu é de ampliar as facilidades já existentes para a liberação de agrotóxicos e manutenção no mercado nacional de substâncias que, como o glifosato, estão sendo banidas em outras partes do mundo.

Por essas e outras é que há que apoiar os esforços sendo feitos para ampliar os espaços ocupados pela agroecologia. É que o que não é bom para a França, não deverá ser bom para o Brasil, ao menos quando se trata de diminuir o uso de venenos agrícolas. Tradução do Prof. Marcos Pedowski, da Universidade estadual no Norte Fluminense- Campos-RJ.

Fonte: asaparaiba

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