Em uma medida que deverá
ter profundas ramificações, a começar pela União Européia, o governo da França
decidiu banir o uso de agrotóxicos que tenham o glifosato como ingrediente
ativo (Aqui!). Nesse sentido, em entrevista ao canal France3.
a ministra da Ecologia da
França, Segolene Royal, declarou que país deve se colocar na ofensiva em
relação ao banimento de agrotóxicos. Na mesma entrevista, Segolene Royal
informou que solicitou aos estabelecimentos comerciais atuando na área da jardinagem que suspendam a
comercialização de produtos que tenham o glifosato em sua formulação.
É importante lembrar que o
glifosato (cujo marca comercial mais conhecida é o Roundup) está disponível no
mercado desde a década de 1970, e é atualmente o herbicida mais consumido no
mundo.
Em função disso, o
glifosato é um dos principais carros-chefes da multinacional estadunidense
Monsanto que, aliás, reagiu prontamente à decisão do governo francês. Segundo a
Monsanto, produtos contendo glifosato atendem a padrões rigorosos de controle e
seriam seguros para a saúde humana.
O problema para a Monsanto
é que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) pensa o
contrário, indicando a possibilidade de que a exposição ao glifosato seja
responsável por, pelo menos, um tipo específico de câncer, o não-Hodgkin
linfoma.
Enquanto isso no Brasil,
as pressões sendo realizadas pelo Ministério da Agricultura sob o comando de
Kátia Abreu é de ampliar as facilidades já existentes para a liberação de agrotóxicos
e manutenção no mercado nacional de substâncias que, como o glifosato, estão
sendo banidas em outras partes do mundo.
Por essas e outras é que
há que apoiar os esforços sendo feitos para ampliar os espaços ocupados pela
agroecologia. É que o que não é bom para a França, não deverá ser bom para o
Brasil, ao menos quando se trata de diminuir o uso de venenos agrícolas.
Tradução
do Prof. Marcos Pedowski, da Universidade estadual no Norte Fluminense-
Campos-RJ.
Fonte: asaparaiba
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