Líder do PSDB no Senado
Federal, o paraibano Cássio Cunha Lima até agora não se pronunciou,
publicamente, sobre o suposto envolvimento de políticos do PSDB entre os
beneficiados com as propinas investigadas pela Operação Lava Jato.
Ontem, durante depoimento,
dois dos principais delatores da operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef
e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, mencionaram que
tucanos receberam recursos desviados de empresas estatais como a Petrobras e
Furnas. Entre os beneficiados estariam o ex-presidente nacional partido Sérgio
Guerra e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Ferrenho crítico do
Governo Dilma, Cássio, que chegou a sugerir o impeachment da presidente Dilma e
logo depois aconselhou a petista a renunciar, justamente pelo suposto
envolvimento nos escândalos da Petrobrás, até agora não realizou uma defesa dos
colegas.
O silêncio do tucano já é
visto com estranheza nos bastidores do Senado. Até agora a única defesa feita
pelo PSDB foi a divulgação de uma nota oficial do PSDB rebatendo as afirmações
dos delatores. LEIA TAMBÉM - Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de
propina a Guerra e Aécio; Leia a seguir a íntegra da nota oficial do PSDB sobre
os depoimentos dos delatores:
"Como já foi afirmado
pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da
República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao
senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que
possam minimamente confirmá-las.
Não se tratam de
informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já
falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo,
inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à
época.
Em seu depoimento à
Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: "Nunca
teve contato com Aécio Neves" (página 18) e que "questionado se fez
alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não" (página 20).
Na declaração feita hoje,
diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses
atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que
não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um
comentário feito por um terceiro já falecido.
Dessa forma, a tentativa
feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga
desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de
fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez
mais o governo e o PT. (Redação).
Fonte: http://www.pbagora.com.br/
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