De São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família
decidiram mover ações criminais contra dois jornalistas da revista
"Veja", um deputado federal e um prefeito do PSDB por supostas
calúnias contra o petista.
Os repórteres Adriano Ceolin e Robson Bonin são autores
da matéria de capa da edição de "Veja" que foi às bancas no dia 24 de
julho com o título "A Vez Dele" e uma foto de Lula.
No texto eles relatam que José Adelmário Pinheiro, o
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estaria disposto a fazer um acordo delação
premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato e revelar supostas despesas
de Lula e sua família pagas pela empreiteira.
Pinheiro foi condenado nesta quarta pelo juiz Sérgio
Moro, que conduz a Lava Jato, a 16 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de
corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, não fez acordo
para delação premiada e negou, por meio de advogados, o conteúdo da reportagem.
É a segunda ação de Lula contra os jornalistas. A
primeira, anunciada há cerca de duas semanas, é na esfera cível. O
ex-presidente não tomou nenhuma medida judicial contra a revista.
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Lula, a
decisão de processar apenas os jornalistas é do escritório Teixeira Martins,
responsável pela causa, cujo dono é Roberto Teixeira, compadre de Lula. Ele foi
procurado, mas não atendeu as ligações. Os jornalistas preferiram não se
manifestar.
Além disso o ex-presidente registrou uma queixa crime
contra o prefeito de São Carlos (SP), Paulo Altomani (PSDB), que publicou em
sua página no Facebook acusação de que o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o
Lulinha, filho do ex-presidente, é dono da Friboi.
O prefeito foi procurado por telefone em seu gabinete
mas ninguém atendeu as ligações. A terceira ação é contra o deputado Domingos
Sávio (PSDB-MG), que em entrevista a uma rádio do interior mineiro que Lulinha
é dono de fazendas. Segundo o Instituto Lula.
Sávio teve "oportunidade de se retratar perante o
Supremo Tribunal Federal, mas preferiu insistir em divulgar mentiras".
Ninguém atendeu as ligações feitas para o gabinete do deputado no final da
tarde de quinta-feira, 6.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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