O fim do financiamento
empresarial de campanhas agrada a 87% dos brasileiros, de acordo com pesquisa
realizada pela Hello Research, divulgada na segunda-feira (21), pelo site da
“Revista Exame”.
Quase nove em cada dez dos
entrevistados declararam acreditar que o financiamento privado facilita a
corrupção. Para produzir o levantamento, a agência especializada em pesquisa de
mercado ouviu 1.193 pessoas em 70 cidades em todo o Brasil.
Na semana passada, o
Supremo Tribunal Federal (STF) vetou o financiamento empresarial de campanhas,
por oito votos a três. A decisão pode incluir o País na lista dos que proíbem
doações de empresas a campanhas políticas.
O estudo mostrou ainda que
58% dos brasileiros estão a favor da decisão do Supremo e 29%, contra. No início deste ano, o PT
divulgou que não receberia mais recursos de empresas para campanhas de seus
candidatos.
De acordo com o Instituto
para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (IDEA), atualmente, 39
países não permitem financiamento empresarial. Entre eles, estão Canadá,
Portugal, França, México, Paraguai e Peru. A Espanha debate o assunto e está
propensa a adotar a medida.
Ainda segundo o
levantamento, realizado por 15 anos, há uma tendência mundial de ampliação das
restrições às doações por empresas.
“Em todo o mundo, a
política se tornou um negócio caro, em tal magnitude que o dinheiro é hoje uma
das maiores ameaças à democracia”, afirma um relatório de janeiro do instituto,
de acordo com matéria publicada na BBC Brasil. Outros países adotaram limites
para as doações.
No Brasil, a expectativa
dos movimentos sociais que militaram pelo fim das doações privadas é que a
medida passe a vale já nas eleições do próximo ano.
O tema será novamente
debatido pelo Senado. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 113/2015,
favorável ao financiamento empresarial, aguarda análise da Comissão de Reforma
Política da Casa, presidida pelo senador Jorge Viana (PT-AC).
No entanto, as chances de
que a proposta seja aprovada no Senado são pequenas, pois os senadores
rejeitaram projeto de lei, também originário da Câmara dos Deputados, sobre o
mesmo assunto.
Fonte: Por Cristina Sena
da Agência PT de Notícias
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