sábado, 19 de setembro de 2015

PSB e PT veem aproximação de Cartaxo com Cássio e deixam aliança

A eleição para prefeito de João Pessoa vai acontecer daqui a pouco mais de um ano, mas o tabuleiro de xadrez já ganha contornos próximos do que teremos no pleito de 2016. O movimento de Luciano Cartaxo para se filiar ao PSD.

Ele está deixando o PT, foi visto pela sigla petista e pela direção estadual do PSB como um passo rumo à base aliada do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Os petistas, por isso, aprovaram nesta sexta-feira (18) a saída do governo Cartaxo.

Muito emocionado, o presidente estadual da sigla, Charliton Machado, se mostrou magoado com as críticas do prefeito ao PT. Luciano Cartaxo disse durante a solenidade de desfiliação do partido que não era justo ele e os auxiliares da prefeitura serem obrigados a dar explicações sobre os escândalos de corrupção envolvendo o Partido dos Trabalhadores e o governo da presidente Dilma Rousseff.

É bom lembrar que mesmo deixando a sigla, o gestor permanece na base aliada da presidente. Procurado pelo blog, o presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, disseram que a sigla esperaria a posição do PT, anunciada horas depois.

Apesar disso, disse entender que o movimento do prefeito Luciano Cartaxo representa a dissolução da aliança com os socialistas para se aproximar do senador Cássio Cunha Lima, adversário do governador Ricardo Coutinho. “Isso ficou muito claro”, reforçou Rosas, que se disse surpreso.

“Qual a lógica de você deixar o PT da presidente Dilma Rousseff para se filiar a um partido da base aliada?”, questionou Rosas, reforçando que o PSB vai dar seguimento aos preparativos para a eleição do ano que vem. Ele revela que a sigla socialista tem 157 pré-candidatos a prefeito para a disputa do ano que vem.

Os socialistas não cansam de repetir que, no caso de João Pessoa, o partido tem quadros para a disputa. O PT estadual, por outro lado, anunciou no início da tarde de hoje a entrega dos cargos na prefeitura de João Pessoa. A sigla comanda sete secretarias, além de cargos de adjuntos em várias pastas e diretorias.

Todos terão que colocar o cargo à disposição do prefeito e poderão ser punidos se forem mantidos nos cargos. Com isso, fica claro que a tendência do partido é construir um projeto próprio ou apoiar um eventual candidato do PSB do governador Ricardo Coutinho.

A maior crítica feita pelos petistas é que não houve qualquer diálogo entre o prefeito e o partido em sua decisão de deixar o PT, o que dificulta a manutenção da aliança. As peças estão postas no xadrez para 2016 e no tabuleiro, visivelmente, PT e PSB estão em lado oposto ao PSD de Luciano Cartaxo.

Fonte: http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário