No início da manhã desta
quinta-feira (12) foi deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) a
operação denominada ‘Salinas’, com a finalidade de buscar e apreender elementos
de provas na sede do Poder Executivo municipal de Grado Bravo e nas residências
de familiares do prefeito, situadas nos Sítios Salinas e Pedra Alta, além de
alvos residentes nos municípios de Aroeiras e Campina Grande.
A ‘Operação Salinas’ está
sendo comandada pelo MPPB, por meio da Promotoria de Justiça Cumulativa de
Aroeiras e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e
executado com o apoio do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar (Bope)
e equipes do Resgate do Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba.
Participam das
diligênciasnove promotores de Justiça, treze policiais militares e civis
lotados no Gaeco-MPPB, quarenta policiais militares do Bope e oito bombeiros
militares para o cumprimento de sete mandados de buscas domiciliares, três
mandados de prisões temporárias e três mandados de conduções coercitivas,
obtidos junto ao Juízo de Direito da Comarca de Aroeiras.
As investigações foram
desencadeadas no inicio deste ano, quando a Promotoria de Justiça de Aroeiras
colheu fortes indícios de que uma organização criminosa, sob o comando do
secretário das Finanças do município de Gado Bravo, filho do atual prefeito.
Também havia se
estruturado naquele órgão com o objetivo de desviar e dilapidar recursos
públicos através de fraudulentos processos licitatórios, falsificação de
documentos públicos e particulares, entre outras condutas ilícitas, contando
com a participação ou conivência daqueles que, por mandamento legal, deveriam
zelar e proteger o patrimônio público.
A fraude consistia na
utilização indevida de dados de diversas pessoas físicas que figuravam em
empenhos como credores de valores despendidos pelo município de Gado Bravo, mas
relativos a serviços que jamais foram executados.
Que o bem como a confecção
de empenhos e pagamentos em valores superiores aos serviços realizados, com
nítido desvio de recursos públicos, beneficiando ilicitamente familiares do
prefeito, em prejuízo de toda uma coletividade ávida, carente de serviços
básicos de saúde e educação.
O esquema criminoso logo
foi percebido ou descortinadomediante cruzamento de informações, junto ao
Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres), mantido
pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), dos empenhos realizados
por inúmeras secretarias.
E destacando-se a
Secretaria das Finanças municipal, contabilizando um desvio superficialmente
constatado, no período investigado, no valor deR$ 357.830,07, a exemplo do
vaqueiro da família que, supostamente, teria recebido no referenciado período a
importância de R$ 160.000,00.
O prejuízo total aos
cofres públicos ainda está¡ sendo levantado. Contudo, estima-se que o esquema
criminoso pode ter desviado acima de R$ 1 milhão.
A operação foi batizada de
‘Salinas’ porque o esquema criminoso era administrado a partir do Sítio
Salinas,no município de Gado Bravo, onde residiam os principais investigados, o
irmão e filhos do prefeito daquela comunidade. O balanço parcial da operação
será divulgado em entrevista coletiva, às 10h30, na sede do Ministério Público
em Campina Grande. (MaisPB)
Fonte: http://www.maispb.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário