sábado, 28 de novembro de 2015

Quando políticas públicas reforçam a agricultura familiar, a fome e a miséria são vencidas, diz a FAO

Agricultor de Jaguarari, na Bahia exibe sua produção | Foto: Manuela Cavadas/Arquivo: Asacom

Este ano, o tema do Dia Mundial da Alimentação é “Proteção social e agricultura: quebrando o ciclo da pobreza rural”. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 70% da população mundial – a maioria nas zonas rurais – não têm acesso à medidas de proteção social adequadas.

“Por esta razão, a FAO tem intensificado seus esforços para ajudar os governos e seus associados a incorporar a proteção social nas estratégias e políticas nacionais de desenvolvimento”, diz um trecho do site da FAO. Para as Nações Unidas há uma relação direta entre essas medidas e o nascimento de um ambiente propício à segurança alimentar e nutricional em espaços locais.

No Brasil, essa relação vem se concretizando nos últimos 12 anos. Devido a um conjunto de políticas públicas, como o Bolsa Família, Água para Todos, Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o país atingiu o maior índice de redução da miséria.

De 1990 para 2012, o índice mundial de pobreza extrema caiu de 47% para 22% (13 pontos percentuais). Já o Brasil, passou de 25,5% para 3,5% (22 pontos percentuais), tornando-se referência em relação ao assunto.

Como mais da metade (59,1%) dos brasileiros em situação de extrema pobreza estão no Nordeste e metade desta população (52,5%) vive na zona rural da região, um conjunto de políticas públicas de combate à miséria e à fome devem ser pensadas para a população rural do Semiárido brasileiro.

 É neste pedaço do Brasil, que corresponde a 18,2% do território nacional, que a sociedade civil organizada e o governo se articulam para que as políticas públicas sejam, de fato, efetivas. Esta capacidade de articulação construída entre governo, sociedade civil e outros segmentos sociais, também foi reconhecida pela FAO como um elemento para o sucesso brasileiro na redução da miséria no país.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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