quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Assembleia Legislativa realiza sessão especial para debater degradação do rio Paraíba

A Assembleia Legislativa da Paraíba realiza Sessão Especial, nesta quarta-feira (2), às 14h30, para debater a degradação do Rio Paraíba e apontar solução para conter o problema. 

A sessão é uma propositura do deputado estadual Frei Anastácio (PT). “Essa luta em defesa do rio Paraíba vem sendo pauta do nosso mandato há muitos anos”, disse o deputado.

A sessão terá a participação de defensores do meio ambiente, representantes do Ministério Público Estadual e Federal, autoridades estaduais, representantes dos municípios por onde passa o rio Paraíba, trabalhadores rurais e lideranças dos movimentos sociais do campo.

“Esperamos que todos esses convidados compareçam. O rio Paraíba está morrendo e precisa de ajuda”, disse Frei Anastácio. Em Santa Rita, segundo Frei Anastácio, a população está reclamando do mau cheiro das águas do rio Paraíba. “Segundo informações, os pescadores já sumiram daquela área porque não têm mais o que pescar, porque a poluição matou os peixes”.

“Então, é preciso e urgente que se tenha mecanismos fortes de controle que discipline a retirada de areia, sob pena de vermos os rios mortos, destruídos pela ação humana e de empresas que só querem lucrar, mesmo que este lucro traga danos irreparáveis”, disse.

Frei Anastácio relata que os problemas do Rio Paraíba são acompanhados de perto pelo Fórum de Preservação e Defesa do rio Paraíba em 2011. O fórum tem a participação de representantes da sociedade civil, igreja, poder público, sindicatos, associações e este mandato e foi criado a partir de uma iniciativa do mandato de Frei Anastácio.

O objetivo desse fórum é desenvolver ações educativas e denunciar as explorações ilegais. “Constantemente, tenho feito denúncias, pronunciamentos, encaminhado ofícios para os órgãos competentes e apresentado projetos de lei, na tentativa de barrar essa ação destruidora contra a natureza e a vida daquele rio. Mas, não tenho obtido êxito”, disse.

O deputado afirma que não se trata de querer impedir a retirada de areia; mas de estabelecer e assegurar critérios para cessão de direito de uso do mineral, com práticas sustentáveis e menos impactantes ao meio ambiente.

Também, no ano passado, o Conselho de Proteção Ambiental (COPAM), através de Resolução estabeleceu normas e procedimentos para licenciamento ambiental da extração de mineral de agregado para rios e riachos no Estado.

“Reconhecemos que esta Resolução já é um começo. No entanto, diante dos desequilíbrios ambientais, da escassez de água e das longas e fortes secas, é fundamental que sejam criados outros mecanismos a fim reconhecer em força da lei estes critérios. Portanto, esta resolução foi transformada em projeto de Lei.

 Porém, a Comissão de Justiça deu parecer inconstitucional ao projeto. Então, entrei com um recurso pedindo para que este plenário anule a decisão da comissão e aprove o projeto. “E quero afirmar que não se trata de um projeto que a Assembleia não possa aprovar”, ressaltou.

Fonte: www.freianastacio.com.br                                           

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