Por Kiko
Nogueira
O
DCM anuncia seu novo projeto de crowdfunding: a
história da compra de votos na reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
O caso foi devidamente abafado. Por quê? Quem eram os personagens? Como foi operado? Qual o papel de FHC? Como a história sumiu da imprensa?
“Em abril
de 1997, eu trabalhava na revista Veja como subeditor de Brasil e tinha entre
minhas fontes Paulo Maluf, que havia terminado seu mandato de prefeito de São
Paulo poucos meses antes, com uma alta taxa de popularidade”, diz Joaquim.
Ele falou” ‘O governo comprou os votos de que precisava’”.
Maluf deu uma dica: “Se você quer contar como os votos foram comprados, comece
pelos deputados do Acre”.
Algumas
semanas depois, o jornalista Fernando Rodrigues publicou na Folha de S. Paulo o
conteúdo das fitas que uma fonte sua, a que deu o nome de Senhor X, havia
gravado em conversas com dois deputados federais. E eles eram de onde? Acre.
As
conversas eram escandalosamente reveladoras da compra de votos. Os deputados
confessavam que haviam recebido R$ 200 mil reais (R$ 894.451,70, em valores
corrigidos pelo IGP-M) para votar a favor da emenda, num esquema que era
chefiado pelo então ministro Sérgio Motta, já falecido, homem de confiança de
FHC e sócio dele numa fazenda em Minas Gerais.
O Senhor
X era Narciso Mendes, empresário e ex-deputado constituinte. Seu advogado dizia
que havia mais 16 fitas sobre o mesmo tema, com outras gravações, além das que
estavam em poder de Fernando Rodrigues.
As
redações esqueceram Narciso Mendes, o Senhor X, e nunca mais o procuraram. O
DCM quer voltar a esse episódio e contar tudo. Vamos falar com Narciso, com os
demais envolvidos explicar como foi a operação e como tudo foi sutilmente
atirado para debaixo do tapete.
Se até
Paulo Maluf se impressionou, imagine-se o que se poderá encontrar revolvendo a
lama do período. É um assunto premente e que continua atual, especialmente em
tempos de golpes paraguaios de paladinos da moralidade. Contamos com você. Abraço.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
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