terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Fim do financiamento empresarial amplia força de campanha nas redes sociais

A política brasileira conquistou um grande avanço em 2015: o fim do financiamento empresarial de campanhas. Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou como inconstitucional o financiamento eleitoral por empresas.

No mesmo mês, a presidenta Dilma Rousseff vetou este tipo de doação na minirreforma eleitoral. Com isso, as eleições de 2016 já serão realizadas sem as doações empresariais.Para o secretário de Comunicação e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, esta mudança reforçará as campanhas pela internet, por meio das redes sociais. 

Ele ainda afirma que o PT se adequará à nova realidade ampliando a campanha pela internet. “É indiscutível que o peso das redes sociais na campanha de 2016 será bem maior.

Na eleição passada, tínhamos 54% do eleitorado brasileiro ligado à internet. Agora, já são 70%”, explicou, em entrevista ao jornal “Correio Braziliense”. Além disso, Cantalice avalia que a campanha de rua, com o corpo a corpo, também ganhará mais importância nas eleições deste ano.

“Vamos ser obrigados a fazer uma campanha menos pirotécnica, uma campanha mais de estúdio e diálogos. Voltar à campanha de rua, do corpo a corpo”, concluiu o secretário de Comunicação do PT. A avaliação de Cantalice é corroborada pelo secretário nacional de Finanças do PT, Marcio Macêdo. 

Ele acredita que a nova realidade resultará em campanhas mais “criativas”.  “Acredito que aquelas campanhas caras, pagando milhões a marqueteiros, ficaram no passado.“A mudança da regra impõe uma nova realidade”, avaliou, em entrevista ao jornal. 

“Valor Econômico”. “Teremos que fazer campanhas criativas, mas mais simples, com financiamento militante e usando muito a internet e o corpo a corpo”, afirmou Macêdo.

Importante decisão - Em abril de 2015, antes mesmo da decisão do STF e do veto da presidenta Dilma, o Partido dos Trabalhadores abriu mão dos repasses privados e anunciou que não receberia mais doações de empresas para campanhas políticas.

A decisão foi anunciada pelo presidente do partido, Rui Falcão. Em junho do ano passado, durante o 5º Congresso Nacional do PT, o partido lançou, então, uma campanha de arrecadação online. Com o mote “Seja Companheiro”, a plataforma permite receber doações apenas de pessoas físicas, com valor mínimo de R$ 25 e máximo de R$ 5 mil.

“Nós decidimos não receber recursos empresariais para financiar as atividades do PT. É preciso que criemos condições para financiar nossas ideias, nosso partido”, explicou Falcão, na época.

Fonte: Agência PT de Notícias

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