Por
Elaine Poeta, comunicadora popular da ASA
De
repente o cheiro da terra anuncia; a chegada de um ano de novas ramagens,da chuva trazida por janeiro, de janeiro trazido pelas chuvas: As veredas abrigam novas vidas originadas pelas muitas águas de janeiro...
Janeiro trazendo chuva, ou a chuva trazendo janeiro, Despertando a caatinga que observava seu cinza, E de repente acorda em seu verde exuberante.
Janeiro trazendo chuva, ou a chuva trazendo janeiro, Despertando a caatinga que observava seu cinza, E de repente acorda em seu verde exuberante.
Novas canções chegam à caatinga, Pingos,
pássaros, a biqueira na cisterna e a chuva na biqueira, E vez ou outra,
se curte trovão... É a chegada de janeiro com chuva no sertão,
São as águas de janeiro que chega ao Semiárido, carregadas de esperança, de
crenças e profecias populares... As águas que vêm e vão em janeiro;
Trazem a noticia de boa colheita, Assim diz Maria, já semeando na roça,
Águas que vêm e vão em janeiro...
Vem avisar que é o mês inteiro de água, Pouco
sol e muitas nuvens, Assim diz João já com sua enxada na mão. E
Manuel? Esse canta na janela; E diz que o ano é de festa! As
águas de janeiro trazem o sorriso que habita ,no
rosto do menino a banhar na bica; Da Maria a semear feijão, Do José a
sonhar com a criação.
E pelas estradas do Semiárido a poesia desenha o
sertão; Em roupagem verde, com poças, lama, nuvens, pingos e pouco sol,
Dando uma trégua à poeira, ao cinza amado e ao sol também amigo. E
muitos versos correm arredios, Enquanto as águas de janeiro correm
tranquilas, Como a chuva que traz janeiro e como janeiro que traz a
chuva.
Fonte:http://www.asabrasil.org.br/
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