O
governador Ricardo Coutinho (PSB) declarou que a criação do Tribunal de Contas
dos Municípios (TCM) é uma discussão para os deputados, destacando que o
Tribunal de Contas do Estado (TCE) não possui autenticidade para debater sobre
o assunto.
Ricardo
ainda aproveita para aconselhar o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) sobre seu
estado emocional e relembrar que o mesmo defendeu o TCM em outro momento. O
gestor estadual ainda aconselha Cássio – utilizando trocadilho do nome do
senador com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ
A
procurar aconselhamento psicológico, porque está demonstrando um certo nível de
desiquilíbrio em seus discursos. “O senador Cássio-Cunha tem estado um pouco
fora de si, venho acompanhando, e digo que ele precisa procurar ajuda ou um bom
descanso. Porque são bobagens tamanhas, que ou é a má fé que move, ou então é a
própria crença, se for crença precisa de um acompanhamento. A máscara que ele
usa é fácil de ser retirada”, orientou.
“Digo
que fico a vontade, minhas contas continuam a ser observadas e dadas um parecer
pelo TCE, mas quem julga é a ALPB. Não sou homem de aceitar intimidação, nunca
fui, não sou e nem nunca serei, graças a Deus. Ninguém ache que terá tratamento
diferenciado para quem passou e quem passa agora, porque se alguém acha isso eu
recorro a outras instâncias”, concluiu Ricardo.
Ao
ser questionado de quem era o desejo de criação do TCM, se era o governo do
estado ou o poder legislativo, e qual seria o motivo, Ricardo explica que é um
debate entre a população e a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB),
ressaltando que a Casa possui recursos disponíveis.
“Na
verdade, o TCM é um órgão auxiliar da ALPB seja da Paraíba sendo criado ou de
qualquer canto do país. Acredito que quanto mais fiscalização, melhor. Se a
ALPB tem recursos para o tal e tem, vai naturalmente contribuir para um
processo que precisa ser aperfeiçoado dentro do nosso estado. A criação do
TCM é uma postulação legítima, porque o debate deve ser entre a sociedade e a
ALPB”, falou.
O
governador socialista ainda coloca em foco que o TCE não tem legitimidade para
debater sobre o tema, e acusa a instituição de intimidar os deputados para uma
possível votação contrária. “Nem o poder executivo está se metendo nessa
discussão e acho que não é discussão para outro órgão, o TCE tem que cumprir a
lei, se a lei diz que é pra fiscalizar municípios e estados vai fiscalizar, se
a lei diz em determinado momento que vai fiscalizar o estado e prefeituras A,
B, ou C será fiscalizado.
Não
se pode confundir as coisas. Acredito que é ruim quando um órgão auxiliar
do próprio poder legislativo começa a influenciar de uma forma profundamente
negativa, buscando retaliações, mandando recados, passando informações que não
são corretas ou que dão margem a deturpações, passa a atentar e influenciar o
poder legislativo. Onde nós estamos tentando intimidar os deputados? Isso
é falta de respeito!
Preciso
lembrar que sou responsável pelo poder e sou o mais fiscalizado de todos.
Preciso considerar que as coisas devem ser tratadas com civilidade, e com
respeito mútuo. Passei quatro anos com uma ALPB totalmente contrária ao meu
governo, e eu sabia até onde podia ir, mesmo assim sempre fiz o debate
político, porque cabe realizar o debate político.
Tem
deputados “que estão sendo ameaçados pelo TCE, digo que isso não é bom”,
salientou. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) durante a semana indicou que a
intenção de implantação do TCM seria para intimidar o TCE por causa do
julgamento das contas do governo, como também para chantagear prefeitos.
Ricardo
rebate as declarações lembrando que o ex governador tucano já teve intenção de
criar o órgão, e que é de responsabilidade dos deputados estaduais, ele apenas
respeitará a posição final. “Quem disso cuida, disso usa. Ele sabe o que está
dizendo, não preciso especificar. Não é possível alguém declarar isso,
principalmente saindo dele, ele pessoalmente tentou criar o TCM, ou será que
ele engana alguém nessa Paraíba?
Nem
quem nasceu depois ele consegue enganar, basta procurar no Google. Eu preciso
apenas respeitar o que minha base defender, se for o caso eles que discutam e
construam o processo, o Brasil tem pouca fiscalização para aquilo que
necessita. Se “a ALPB não quiser a criação, de mim não sai nada, não estou para
fazer qualquer debate sobre TCM”, comentou.
Fonte: http://paraibaja.com.br/
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