Governador alega que a direção
nacional não fala pelo partido e critica postura da PF. Para ele, investigações
precisam ser feitas dentro da lei. Durante lançamento da campanha “Direitos
Garantidos, Vidas em transformação – Paraíba:
“Mulher Forte e de Valor”, ontem, no
Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho (PSB) saiu
em defesa do ex-presidente Lula e condenou a condução coercitiva do petista à
Polícia Federal na última sexta-feira. Coutinho garantiu que a posição do seu
partido não modifica seu relacionamento com o governo federal.
Ainda na sexta-feira, o PSB emitiu nota reafirmando postura crítica em relação
ao governo federal e defendendo a ida definitiva para a oposição. “Não foi uma
nota do PSB. Foi uma nota do presidente do partido (Carlos Siqueira).
“A bancada de senadores emitiu também
uma nota se dizendo indignada com os direitos fundamentais do cidadão que foram
pisoteados, e não pode ser dessa forma”, frisou. Coutinho ressaltou ser a favor
das investigações e que os culpados sejam punidos. “Mas dentro do império da
lei”, disse.
ATAQUE; No mesmo evento,
o governador voltou a criticar o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo
(PSD), o acusou de não cumprir acordos e de não ter um programa de governo para
a capital. Respondendo a uma suposta declaração do gestor municipal.
Coutinho afirmou que Cartaxo quebra
alianças sem qualquer justificativa prévia. “O problema de Cartaxo é outro, é
que a política para ele é um emprego, não é um projeto, não é um programa”,
disse. O governador continuou com os ataques e destacou que o prefeito sequer
se posiciona diante dos problemas nacionais.
“Qual a visão dele sobre a conjuntura nacional? Ninguém sabe. Ele se esconde e
eu fico longe de político que se esconde das coisas”, destacou. A reação do
governador ocorreu após uma suposta declaração do prefeito afirmando que
Coutinho já havia firmado alianças de “A a Z”. “Faço alianças em cima de um
projeto político e o cumpro.
“Tanto é que aqueles que não gostam
desse tipo de aliança, depois recuam”, rebateu. Antes mesmo de romper
oficialmente a aliança firmada para as eleições de 2014, os dois gestores
trocavam acusações. Enquanto Cartaxo acusa Coutinho de fazer qualquer tipo de aliança
para alcançar a vitória.
O governador ataca principalmente às
obras da prefeitura, executadas, segundo ele, com recursos federais. Sem definição sobre os empréstimos; Na
última sexta-feira, acompanhado por outros governadores. Ricardo Coutinho se
reuniu com a presidente Dilma Rousseff (PT) para discutir a renegociação das
dívidas.
Mas ainda espera uma definição em
relação à liberação de operações de crédito para investimentos. Enquanto isso,
as receitas do Estado continuam apresentando resultado insatisfatório. Conforme
o secretário do Planejamento, Gestão e Finanças, Tárcio Pessoa.
Nos dois primeiros meses do ano as
receitas cresceram apenas 1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando
a equipe econômica esperava, na pior das hipóteses, um aumento de 8%. Coutinho
considerou a reunião positiva e acredita que até o fim deste mês tudo seja
definido. “O governo apresentou uma boa proposta inicial para os estados:
De alongamento da dívida e
créditos para retomar o desenvolvimento através dos investimentos. “Aquilo que
passamos o ano inteiro sem ter uma resposta, esse mês foi possível e eu acho
que é isso que o Brasil precisa”, afirmou o governador.
Conforme Tárcio Pessoa, a partir de
agora o Estado entra em uma curva descendente de arrecadação. “Em um ano
normal, na pior das hipóteses, nós tínhamos crescimento de 7% e 8%, colocando o
IPCA em cima, o crescimento é negativo”. “Janeiro e fevereiro são os meses de
fazer gordura para se perder ao longo dos meses que restam no semestre”, disse.
(Por MICHELLE FARIAS)
Fonte:
JORNAL DA PARAÍBA
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