quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Usando a religião para fins político e eleitoreiro

Para quem ainda não tem certeza do uso político e eleitoreiro que Jair Bolsonaro faz da religião, o novo pedido de impeachment contra o presidente pode ajudar a clarear tal percepção. Articulado por vários grupos religiosos, o documento é assinado por mais de 380 líderes católicos e evangélicos.

Nas dezenas de páginas, o grupo cita as conseqüências devastadoras da “política genocida” de Bolsonaro: mortes falta de vacina, falta de oxigênio, incentivo ao uso de remédios ineficazes contra a covid-19.

O chefe de redação do Congresso em Foco, João Frey, conversou hoje com um dos signatários do pedido, o monge menonita Marcelo Barros. O teólogo criticou a instrumentalização da religião e lembrou que um dos motes que elegeram Bolsonaro foi “Deus acima de todos”.


“Não podemos nos colocar nesta mesma fileira de pastores padres e até cardeais católicos que apoiam o pior, que foram contra a democracia”, disse Barros. Já são mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Por enquanto, todos na gaveta. A ver.


Ana Krüger, editora do 
Congresso em Foco. 

Bolsonaro justifica compra de leite condensado

Depois de intensa repercussão após a revelação de detalhes das compras alimentícias do governo, Jair Bolsonaro decidiu comentar o assunto. Em uma churrascaria, num evento para artistas que o apoiam, Bolsonaro gritou ao microfone: "Vai pra puta que pariu, porra. Essa imprensa de merda, é pra enfiar no rabo de vocês, de vocês da imprensa, essas latas de leite condensado aí".

Quase tão vil quanto a explicação de Bolsonaro foi a reação da plateia. Aglomerados e sem máscara dentro de um ambiente fechado, gritavam: “mito, mito, mito”. A nota pitoresca fica para a participação de Ernesto Araújo que, sem embaraço, trocou o posto de chanceler pelo de animador de auditório.


João Frey, chefe de redação do 
Congresso em Foco 

Fonte: congressoemfoco.uol.com.br

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