“Liberdade é o direito que todo homem tem
de ser honrado e a pensar e falar sem hipocrisia”. (José Martí)
Relações perigosas
e farsas midiáticas envolvem a contra revolucionária cubana Yoany Sánchez. A
blogueira mercenária vem construindo a sua trajetória servindo aos interesses
do imperialismo estadunidense, da mídia e da burguesia internacional e das
comunidades anticastristas que, desde a vitoriosa Revolução Cubana, em 1959,
tentam destruir a resistência e os avanços do governo e do povo da Ilha em
defesa da sua soberania e autodeterminação. Yoani Sánchez não é uma opositora
qualquer. Em 1997 criou o blog Generación Y, no qual ataca de modo virulento
o sistema e o governo cubanos. Sua nova atividade tem sido rentável, pois
Sánchez recebeu diversas distinções todas de origem, no mínimo, suspeitas -,
e financeiramente remuneradas. No total, a falsa jornalista recebeu cerca de
250 mil euros, montante equivalente a mais de 20 anos de salário – mínimo em um
país como a França, quinta potência mundial, e a 1.488 anos de salário – mínimo
em Cuba. A isso se soma o salário mensal de seis mil dólares concedido pela
Sociedade Interamericana de Imprensa – SIP, que agrupa os grandes conglomerados
midiáticos privados do continente, e que decidiu nomeá-la vice-presidente
regional por Cuba de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação. O
jornal espanhol El País também decidiu nomeá-la correspondente em Havana e lhe
paga um bom salário. Entre 1º de outubro de 1995 e 30 de setembro de 2011, o
Congresso dos EEUU autorizou a quantia de 205 milhões de dólares para programas
de ataques à Revolução Cubana. “Nos últimos anos são priorizados os da
‘tecnologia de informação”, sobretudo em apoio aos “blogueiros independentes, e
de desenvolvimento das plataformas de redes sociais na Ilha”. Esta denúncia tem
como base o Informe da Oficina de Responsabilidade Governamental dos EEUU
‘Cuba Assistência Democracia’, de 25 de janeiro de 2013. Yoani Sánchez é
uma beneficiária desta política, portanto deve ser exposta como tal. E mais: no
Brasil Yoani Sánchez também é apresentada como webmaster, articulista e editora
do portal “Desde Cuba”, e é colaboradora do Instituto Millenium, entidade
financiada por um grupo de grandes empresas de comunicação (Organizações Globo,
Estado de São Paulo, Abril e RBS, o PIG), que reúne nomes como Reinaldo
Azevedo, Denis Rosenfield, Ali Kamel, Merval Pereira, Marcelo Madureira, Carlos
Alberto Sardenberg e Carlos Alberto Di Franco, um dos integrantes mais ilustres
da Opus Dei no País. (O Millenium também é formado por setores empresariais e
financeiros como o Grupo Gerdau, Vale, Suzano, Bancos Pactual, BBM, CSFB, Grupo
Ultra, Petropar, entre outros). Com um fundo administrado pelo ex ministro do governo FHC, Armínio Fraga, tem
entre suas finalidades defender os valores liberais no Brasil e criminalizar os
movimentos sociais, fomentando, assim, o ódio contra a classe trabalhadora e se
contrapondo à melhoria de vida dos menos favorecidos. Em 2013, no seu giro de
“80 dias” por alguns países, a mercenária ganhadora de prêmios para disseminar
a mentira e manipular os conceitos e valores que sustentam a luta pelos
direitos humanos e justiça social, certamente não anda em boa companhia: em sua
recente visita ao Brasil foi financiada pela Embaixada dos EEUU, setores da
direita brasileira e grandes corporações de comunicação. Na República Checa,
parte da viagem foi financiada pela People in Need, organização criada e
financiada pela National Endowment for Democracy (NED), uma fachada da
CIA, que também recebe verbas, em grande parte, do Congresso dos Estados
Unidos, por meio da USAID. Entre 2006 e 2011, a People in Need recebeu
mais de 675.000 dólares da NED para emitir informações e organizar eventos
contra Cuba. A falsa jornalista sorriu satisfeita ao receber como prêmio a
bandeira dos Estados Unidos, pátria dos seus benfeitores e dos algozes do povo
cubano, durante um ato na Torre da Liberdade, registrado pelo jornal da máfia
gusana, Nuevo Herald. Era a mesma bandeira que balançava no Capitólio quando
Sánchez “visitou” Washington no mês passado. Entre as más companhias
apresentamos um pouco da sua agenda e alguns dos personagens que Yoany Sánchez
conviveu em sua visita aos Estados Unidos: Recepção no Congresso de Washington
organizada pelos Congressistas anticubanos Ileana Ross Lethinen (La Loba
Feroz), Mario Díaz Balart e Joe García; Encontro no Capitólio com os
Senadores anticubanos Bob Menéndez e Marco Rubio; Audiência na Casa Blanca com
o Assessor do Presidente Obama para assuntos latinos americanos; Homenagem em
Miami – onde se localiza a máfia cubana anticastrista - com a
participação do Conselho para a Liberdade em Cuba, cuja cúpula faz parte do
braço armado terrorista da Fundação Nacional Cubano Americana – FNCA, fundada
no governo de Reagan e responsável pelas sabotagens contra
instalações turísticas cubanas, na década de 90; Homenagem pública de boas
vindas pelos membros da Brigada Mercenária 2506, e seu Presidente, Félix
Rodríguez Mendigutía, um dos responsáveis pelo assassinato de Che Guevara,
na Bolívia; Encontro com familiares e membros do grupo terrorista Hermanos al
Rescate para ratificar seu apoio à condenação dos Cinco Herois cubanos, presos
há mais de 14 anos nos EE.UU. A cronologia de atos terroristas contra Cuba está
bem documentada, e por sua gravidade seriam julgados em qualquer tribunal penal
do mundo. Isso é o que se vê, mas que Yoany não vê! Assim como não vê as
violações cometidas nas prisões dos Cinco antiterroristas cubanos; as violações
contra os presos de Guantánamo; o criminoso bloqueio contra seu País; não vê a
situação de centenas de cubanos que foram iludidos pelo governo da Espanha
sobre a possibilidade de uma nova vida e hoje moram nas ruas daquele país.
A defensora da liberdade de expressão também não viu a negativa dos
Estados Unidos, no último dia 4 de abril, em conceder visto a jornalista,
blogueira e professora da Universidade de Havana, a também cubana, Elaine
Díaz, para participar naquele país de um dos maiores eventos de Ciências
Sociais do mundo: o XXXI Congresso Internacional de Estudos Latino-Americanos.
Elaine teve seu trabalho aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos,
organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo
assim, o governo dos EUA não concedeu o visto. Yoani Sánchez não representa a
luta e os valores do povo cubano, pois nenhum dissidente por mais que seja
crítico ao governo do seu país pode incorrer em tamanha infâmia. Não pode se
colocar a serviço de um Estado estrangeiro que ambiciona oprimir sua pátria e
seu povo. “Estes são traidores”! Yoany também não representa os homens e mulheres
do mundo que com dignidade lutam pela verdade, por justiça, por democracia e
pelos direitos humanos. Contra a hipocrisia e a manipulação, em defesa do bravo
e digno povo cubano e pela liberdade dos Cinco antiterroristas cubanos,
verdadeiros heróis e lutadores por Cuba. (Porto Alegre, 06 de abril de 2013)
Fonte: ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTÍ/RS
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