Agricultores e agricultoras familiares de todos os movimentos sociais do
Brasil terão um reforço a partir de agora. Durante o lançamento do Plano Safra
da Agricultura Familiar 2013/2014, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA),
Pepe Vargas, anunciou, na quinta-feira (06), um aumento nos investimentos para
o segmento de cooperativas e associações e uma maior participação na execução
das políticas públicas para os produtores rurais. Nos últimos dez anos, a
agricultura familiar cresceu 52%, permitindo que mais de 3,7 milhões de pessoas
ascendesse para a classe média. Pepe Vargas acredita que o Plano Safra tem uma
grande influência nesse crescimento. “Durante a vigência desse Plano, queremos
que os agricultores familiares tenham mais capacidade de investimento e
capacitação tecnológica, para que possam produzir cada vez mais alimentos e
alimentos de qualidade”, disse. Pepe acrescentou que a participação dos
movimentos sociais é essencial nesse processo. “Os movimentos são muito
importantes no diálogo com o governo.” O presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, elogiou o Plano para
essa safra, afirmando ser o maior da história. “Não é o maior só pelo volume de
recursos, mas pela articulação de políticas agrícolas. A agricultura familiar
necessita de articulação de políticas públicas”, analisou. (Movimentos sociais) O casal de
agricultores paranaenses Adelmo e Maria Salete Escher, membros da Federação
Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – Sul
(Fetraf-Sul), acredita que, com os recursos disponibilizados na safra
2013/2014, as coisas vão melhorar na propriedade deles, em Campo Magro (PR).
“Os recursos vão nos ajudar a construir a agroindústria e na comercialização,
vamos conseguir vender mais”, disse Salete. Eles acessam diversas linhas de
crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)
e participam dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação
Escolar (Pnae). Adelmo e Maria Salete são responsáveis pela produção de pães,
molhos, geleias, hortaliças, leite e derivados. “Esperamos que esses
investimentos ajudassem na desburocratização, porque isso facilitaria a
execução de projetos específicos”, apontou o agricultor. A assentada da reforma
agrária Maria de Fátima Ferreira, da Contag, pretende recorrer aos recursos
disponíveis. Morando em um assentamento recém-formado em Paracatu (MG), a
agricultora conta que ela e os outros 70 assentados ainda sofrem com a falta de
estrutura. “Quero ter acesso aos programas que possam nos beneficiar como o
PAA, o Pnae e o Pronaf, que podem nos ajudar na estrutura do assentamento”, listaram.
Por enquanto, o assentamento é responsável pela produção de grãos e leite, mas
pretende aumentar esse número. “A esperança é grande”, enfatizou Maria de
Fátima.
Fonte: www.mda.gov.br
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